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Em Palmeiras x Santos, Cuca defende invencibilidade contra Felipão

O santista nunca perdeu para um time comandado pelo atual comandante palmeirense. Foram seis jogos entre eles, todos entre 2010 e 2012, com cinco vitórias de Cuca e um empate.

03/11/2018 | Edivan Araujo
Técnico Cuca e jogador do Santos / Foto: Ivan Storti/Santos FC

KLAUS RICHMOND E LUIZ COSENZO
SANTOS E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apontado como principal responsável pela recuperação do Palmeiras no Campeonato Brasileiro, Felipão enfrentará neste sábado (3), às 19h, no Allianz Parque, um adversário que não lhe traz boas lembranças: o técnico Cuca.

O santista nunca perdeu para um time comandado pelo atual comandante palmeirense. Foram seis jogos entre eles, todos entre 2010 e 2012, com cinco vitórias de Cuca e um empate.

No primeiro confronto, em setembro de 2010, quando o treinador comandava o Cruzeiro, o time mineiro venceu o Palmeiras de Felipão no Pacaembu por 3 a 2, pelo Brasileiro.

O único empate aconteceu no Nacional do ano seguinte, com os técnicos nos mesmos times: 1 a 1, na Arena do Jacaré.

O último confronto foi no Brasileiro de 2012, quando Cuca já comandava o Atlético-MG. A equipe alvinegra goleou por 3 a 0 o Palmeiras de Felipão, que seria rebaixado para a Série B nesse mesmo ano.

Apesar da vantagem sobre o colega gaúcho, Cuca evita se gabar. "Ele é melhor que eu", disse sobre o treinador campeão mundial em 2002, em entrevista coletiva.

Os dois se reencontram seis anos depois com suas equipes em boa fase. O desempenho levou a Cuca e Felipão a buscar objetivos que pareciam improváveis. O título para o Palmeiras, e a vaga na Libertadores para o Santos.

No Brasileiro, Cuca somou 62,5% dos pontos desde que voltou à Vila Belmiro.

Ele assumiu um Santos cabisbaixo e que parecia não reagir na 16ª colocação, fora da zona de rebaixamento apenas pelos critérios de desempate. Hoje, a equipe tem os mesmos 46 pontos do Atlético-MG, e luta por uma das seis vagas que classificam para a próxima Libertadores.
 
"Quando cheguei estávamos em 16º e falava-se em contratações. O que pedi foi que me deixassem avaliar o grupo. Às vezes temos a solução dentro de casa e não vemos", disse Cuca à reportagem. 

O treinador, de fato, transformou o Santos sem reforços. Fez de Gabriel, que vivia um momento de longo jejum sem marcar e sofria com perseguições da torcida, a principal referência da arrancada. 

Desde a primeira vitória foram 16 jogos e uma única derrota no período, um 2 a 1 para o Cruzeiro, no Mineirão, pela 26ª rodada. 

Já Felipão tem 82,2% de aproveitamento com o Palmeiras na atual edição do Brasileiro.

O técnico palmeirense, por sua vez, afastou as "sombras" que lhe cercavam como a fama de ser um técnico ultrapassado e pelos 7 a 1 sofridos na Copa do Mundo de 2014 para conduzir o Palmeira da sexta colocação para a liderança. 

"O Roger fez um grande trabalho, mas o Felipão mudou o ambiente. Essa mudança de ares foi importante", disse o meia Lucas Lima. 

Desde que assumiu o comando da equipe, mudou concepções. Promoveu um rodízio de jogadores em função da sequência de jogos. Assim, ganhou o vestiário, principalmente, no gerenciamento de crises. 

O treinador palmeirense, também, bancou mudanças. Titular com Roger Machado, o lateral direito Marcos Rocha perdeu espaço para Mayke. A dupla de zaga titular hoje é formada por Luan e Gómez. Ele também deu mais oportunidades para Deyverson, que foi contratado no ano passado por indicação de Cuca.

O treinador conseguiu também motivar o atacante Dudu, contrariado após o clube recusar uma proposta do futebol chinês. 

Neste sábado, Felipão terá mais uma vez que conviver com os desfalques. Ele não poderá contar Mayke, Diogo Barbosa e Moisés, suspensos, além de Willian, que sofreu lesão na coxa esquerda. Os substitutos não foram revelados. 

Cuca, por sua vez, também adotou mistério. Escalou a equipe com Bruno Henrique e Lucas Veríssimo na parte fechada do treinamento e, depois, optou por Derlis Gonzáles e Luiz Felipe.

O atacante Gabriel Barbosa, com dores musculares, e o lateral Dodô, que sofreu uma pancada no tornozelo, não foram confirmados. 

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