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Audiência Pública debaterá sobre a obra paralisada do Novo Hospital Regional de Picos

A realização do debate em torno do assunto foi requerida pelo vereador, Wellington Dantas (PT), que atendeu a um pedido da Força Tarefa Popular.

07/12/2018 | Edivan Araujo
Novo hospital de Picos encontra-se com obras paradas. / Foto: Reprodução

O Plenário da Câmara de vereadores vai ser palco de uma importante Audiência Pública na próxima terça-feira (11), a partir das 09h00min. Na ocasião várias entidades e a sociedade civil organizada vão debater sobre a obra paralisada do Centro de Referência Médica de Picos, mais conhecido como Novo Hospital Regional, que fica localizado próximo ao CAMPI  (Centro De Assistência Medica De Picos), no bairro Paraibinha. A realização do debate em torno do assunto foi requerida pelo vereador, Wellington Dantas (PT), que atendeu a um pedido da Força Tarefa Popular, depois de no último mês de julho representantes da entidade visitarem o Hospital Regional Justino Luz e constatarem a superlotação na unidade de saúde, sendo que paralelamente a isso a Justiça embargou a construção de um novo e moderno estabelecimento hospitalar no município picoense.

“As bases da engenharia e os alicerces que nós podemos ver deram sinal de ser uma obra muito grande. E nos deixou bastante triste também foi sentir uma falta de participação da própria sociedade picoense para resolver um problema tão grave como esse. Nós vamos fazer um diagnóstico jurídico porque dizem que essa obra está embargada na Justiça. Nós vamos saber quem são os responsáveis para administrar esse processo, saber se está no Tribunal, se está na Justiça comum aqui, de forma que vamos mobilizar a sociedade para termos uma conversa com essas autoridades, na esfera do judiciário, para acelerar esse processo que trata desse problema”, disse o coordenador da Força da Tarefa Popular, Arimatéia Dantas, quando da passagem do movimento por Picos no último dia 22 de julho.

Na sessão ordinária da Câmara de vereadores realizada nesta quinta-feira (06), o vereador, Wellington Dantas, falou que é importante que políticos, sindicalistas e pessoas de toda a Região participem da Audiência Pública. “Essa é uma Audiência Pública muito importante para o bem estar da nossa população. Compreendemos que aquele hospital, que inclusive consta no projeto que será um hospital escola uma vez que temos o curso de Medicina na UFPI, vais ser um hospital com todos os equipamentos, com toda a estrutura necessária para que a nossa população regional, não só de Picos, mas de toda a Região, seja atendida aqui mesmo sem a necessidade de ser transferida para outros centros como Floriano e Teresina”, pontuou.

O parlamentar lamentou que essa obra tenha virado um grande “elefante branco”. O vereador culpou o Poder Judiciário pelo hospital ainda não ter sido construído e entregue a população da Região. “A obra não continua porque existe uma ação judicial de uma empresa que o Estado terminou o contrato que tinha e [a ação judicial] proibiu a nova empresa que ganhou a licitação de continuar as obras do Novo Hospital Regional. É um absurdo muito grande, é algo que não pode acontecer. Por questões menores muitas vidas são ceifadas, muitas vidas são perdidas por falta de atendimento adequado aqui em Picos, porque o antigo hospital que funciona hoje não tem a estrutura necessária para que de fato vários atendimentos possam ser feitos aqui e as pessoas não sejam transferidas em ambulância”, anotou o vereador.

Novo Hospital Regional

Anunciado em setembro de 2008 o Centro de Referência Médica de Picos teve sua obra iniciada em 2010 e um ano depois foi paralisada após a empresa vencedora do processo licitatório ter sido declarada inidônea. Uma nova licitação foi feita e depois de cerca de cinco anos, as obras do novo hospital de Picos foram retomadas no dia 13 de janeiro de 2016, no entanto, voltaram a ser interrompidas nesse mesmo ano por decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que cancelou a licitação para construção.

O investimento no Novo Hospital Regional é de R$ 51,6 milhões, sendo R$ 34,6 milhões de Emenda Parlamentar do deputado Federal, Assis Carvalho (PT), e contrapartida de R$ 17 milhões do Governo do Estado. O hospital foi projetado para atender a meio milhão de pessoas de 70 municípios, com 260 leitos de enfermaria, 24 leitos de UTI (sendo 8 de UTI Pediátrica, 6 de Neonatal, 10 de UTI adulto), quatro salas de parto normal, central de processamento de resíduos, auditório com 150 lugares, refeitório e biblioteca.

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