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Ao El País, W.Dias defende reforma e receitas para cobrir déficit de imediato

O petista ressaltou da dificuldade que os gestores estaduais e municipais teriam para, cada um, aprovar seus textos, e do prejuízo em ter milhares de leis diferentes versando sobre o tema previdenciário.  

22/07/2019 | Edivan Araujo
Governador Wellington Dias /   Foto: Arquivo/180graus

Em entrevista para El País, o governador Wellington Dias (PT) saiu em defesa da reforma da Previdência e da inclusão dos estados e municípios  na proposta apreciada pelo Congresso Nacional. O petista ressaltou da dificuldade que os gestores estaduais e municipais teriam para, cada um, aprovar seus textos, e do prejuízo em ter milhares de leis diferentes versando sobre o tema previdenciário.  

"É o caminho mais provável. Ele é bom? Não. Ele já foi experimentado. Por exemplo, lá trás o Brasil fez uma opção de trabalhar a Previdência complementar. Quantos Estados brasileiros implementaram? Como não era obrigatório, como ficou para regulamentação à mercê de cada Estado e município, cada um dos que fez ainda alterou pontos. O resultado é caótico. Nós temos milhares de leis diferentes sobre Previdência nos municípios e Estados", disse.

Apesar da disposição em dialogar com a Assembleia Legislativa do Piauí, W.Dias ainda mantém a esperança de, através do diálogo com a Câmara e o Senado, resolver a questão ainda no Congresso. 

Diálogo também para tratar de um assunto ainda mais imediato, que é a cobertura do déficit da Previdência. 

"No momento, quatro alternativas de receitas novas tramitam no Congresso. Uma delas é sobre os recursos do pré-sal. Do leilão que começa agora em novembro, na chamada cessão onerosa, vamos ter duas receitas o bônus de assinatura e a chamada receita do óleo excedente. Ela é dos Estados, municípios da União. Há ainda na Câmara o projeto da Lei Kandir, que a União deve disponibilizar 4 bilhões de reais. Também existe um projeto de securitização da dívida ativa. A parte dos Estados soma 400 bilhões e estamos propondo um moderno sistema de cobrança", explica ao El País.

Hoje, no Piauí, 12% da receita corrente líquida é usada para cobrir o déficit da previdência. Cerca de R$ 1,2 bilhão que iriam para investimentos, mas são realocados para evitar atrasos no pagamento de aposentados e pensionistas. 

"Porque o dinheiro próprio da Previdência não foi suficiente. E assim como eu estão 24 das 27 das unidades federações. É um problema do Brasil", ressalta.

Confira a íntegra da entrevista em El País.

 

Fonte: 180graus

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