Por Efrém Ribeiro
O comandante da Capitania dois Portos do Piauí, capitão Benjamin Dante Lima, informou que a Força-Tarefa limpou toda a Praia de Atalaia, em Luís Correia (365 km de Teresina), com a retirada de mais de 950 quilos de óleo nesta sexta-feira (15) e na quinta-feira e comunicou a limpeza para a secretária estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Sádia Castro, decidir se libera para o banho a praia, que está interditada desde a noite de quinta-feira (14) quando foi constatado o aparecimento das manchas de óleo. Nesse dia, foram retirados cerca de 80 quilos de óleo do local.
Em setembro e outubro foram recolhidos 400 vestígios de óleo nas praias piauienses, informou a secretária estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Sádia Castro.
O balanço divulgado pela Marinha na noite de sexta-feira, mostrou que dia 2 de setembro, até sexta-feira hoje, dia 15 de novembro, foi recolhido 1,5 mil tonelada de óleo na praias piauienses.
, “Cerca de 910 quilos de óleo foram retirados da Praia de Atalaia. Fizemos fazendo a limpeza para que ela volte a ser própria o mais rápido possível. Aconteceu isso nas vésperas de um feriado, não é agradável, mas nós sabemos que a vida humana é muito mais importante. Estamos trabalhando nisso e vamos conseguir vencer essa batalha", falou o capitão Benjamin Dante.
Meio Norte
A secretária Sádia Castro afirmou que será realizada reunião nesta sexta-feira (15) para decidir se a Praia de Atalaia será liberada banho inda neste final de semana. “Vão ser avaliados vários fatores para a liberação da praia. O importante é a saúde e a segurança dos banhistas”, falou Sádia Castro.
A Marinha confirmou que na manhã de sexta-feira (15) foram encontradas novas manchas de óleo nas Praias Peito de Moça e do Coqueiro, em Luís Correia, na Praia do Pontal, no município de Ilha Grande, e na Praia de Pedra do Sal, em Parnaíba.
O óleo que não atingia o litoral do Piauí desde o dia 30 de setembro, voltou a aparecer. A Praia de Atalaia foi a primeira ser afetada. A presença do óleo nas outras praias é menor do que apareceu em Atalaia.
Reprodução
A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (Semar), que é responsável pela balneabilidade das praias do Piauí divulgou um comunicado informando que devido ao aparecimento de novas manchas de óleo toda a orla da Praia de Atalaia está imprópria para banho. ‘’As demais praias permanecem liberadas. Tão logo a situação normalize, nova publicação será realizada’’, disse a nota da Semar.
Sádia Castro afirmou que a interdição da Praia de Atalaia obedeceu o Protocolo de Contingência porque ainda não há estudos sobre os impactos do óleo na pele e no organismo das pessoas que têm contato com a substância.
Segundo ela, até outubro tinham sido retirados 400 quilos de vestígios de óleo. Sádia Castro afirmou que após a retirada dos vestígios de óleo se a Secretaria Estadual de Meio Ambiente decidir pela liberação da Praia de Atalaia iria divulgar um boletim no final da sexta-feira, o que não ocorreu.
Os pescadores de Luís Correia, que foram pescar em alto mar afirmaram nesta sexta-feira (15), que a 4 milhas do litoral do Piauí tem um mar de óleo. "A grande quantidade está chegando na praia. É um mar de óleo que tem a 4 milhas distante, mas se aproximando-se da praia", afirmou o pescador Kleber Oliveira, que mora na Praia do Coqueiro, em Luís Correia.
Meio Norte
Apesar da interdição, os turistas, inclusive crianças banharam normalmente na Praia de Atalaia, durante o feriado da Proclamação da República tomaram banho normalmente.
Um vídeo feito pela Secretaria Municipal de Turismo de Luís Coreia mostra a concentração de turistas na praia desde as primeiras horas da manhã de sexta-feira. No vídeo, as crianças tomaram banho na praia acompanhadas de adultos.
O secretário municipal de Turismo, Jean Clauscius, afirmou que a Praia de Atalaia não está imprópria para banho, como foi divulgado pelo Governo do Estado. Falou que as manchas de óleo que apareceram são muito pequenas e já foram retiradas. "Em relação as manchas até agora eu lhe garanto que são pequenas, são pingos. Em 2 quilômetros de praia não tem nada que comprove o que foi colocado na mídia. Tem banhistas. Isso significa que a praia não está imprópria para banho. Não existem essas manchas de óleo como foi colocado na mídia pelos órgãos públicos do estado", falou Jean Clauscius.
Fonte: Portal Meio Norte