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Sindilojas e CDL afirmam que momento não é de demissão em massa, mas de adaptação

Os empresários acreditam em medidas do governo para reverter essa sitaução

01/04/2020 | Edivan Araujo
Comércio no centro de Teresina / Foto: Cidadeverde

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Piauí, Tertulino Passos, afirmou que após o novo decreto do prefeito Firmino Filho que ampliou a reabertura de alguns setores comerciais (oficinas, lojas de autopeças e de material de construção) um cenário econômico mais otimista começa a se formar. Ele afirma que até agora o momento não é de pensar nas demissões em larga escala, mas de adaptação com o novo decreto. Passos acredita que a cada semana mais lojas poderão reabrir e atender o público com responsabilidade devido a pandemia do novo coronavírus, que já matou quatro pessoas no Piauí, sendo duas em Teresina.

“Nós obedecemos ao decreto do Firmino, que apresentou novas mudanças (em relação ao anterior). Agora, as lojas de construção, oficinas mecanicas, lojas de autopeças, clinicas veterinárias vão abrir, além das que já podiam funcionar (como padarias, supermercados). Algumas já abriram hoje e outras devem abrir na terça. Isso sinaliza que os decretos estão abragendo mais empresas, indústrias. Com isso, (o comércio) vai abrindo aos poucos para não ter uma grande movimentação”.

O prefeito de Teresina publicou no domingo (29) o decreto nº 19.548 que amplia as atividades que podem funcionar em Teresina. Nesta segunda (30), o governador do Estado, Wellington Dias, prorrogou o decreto e manteve a suspensão de todas as atividades comerciais, educacionais, religiosas, eventos esportivos e culturais até o dia 30 de abril.

O presidente da CDL Câmara dos Dirigentes Lojistas de Teresina, Evandro Gomes, comentou que acredita que o posicionamento do prefeito de Teresina, Firmino Filho, e o governador do Estado, Wellington Dias, devem ser respeitadas neste momento em que ambos buscam soluções para conter a pandemia do novo coronavírus.

“O prefeito e o governador são dois homens com larga experiência que, dentre outros setores em especial o da saúde, também estão olhando para a nossa economia, comércio e atividade empresarial para decidir o melhor caminho. Precisamos respeitar as autoridades nesse momento. Vamos ter saúde, fé, paciência para superar esse momento”.

Para o superitendente da CDL, Ulysses Moraes, a suspensão de algumas atividades econômicas são necessárias para controlar a epidemia até porque não tem como reabrir sem que os empresários e microempresários oferecem equipamentos de proteção individual a todos os funcinários, até porque está em falta no mercado, como máscaras e alcool em gel.

“Não adianta abrir porque também não vai ter cliente para aparecer nesse momento. Tenho certeza que se houver possibilidade – e confiança no prefeito e no governador – que dentro dos critérios de responsabilidade o empresariado vai reabrir (em sua totalidade) o mais breve possível”.

Ulysses acrecentou que “é preciso ter bom senso”. “A gente entende os lojistas, as contas a pagar, os funcionários, mas é preciso ter muita cautela neste momento. Não podemos perder o controle, é preciso ganhar tempo para a proteção (da saúde) de todos”.

Na sexta (27), o Movimento Empreeender Piauí (MOVE) divulgou um manifesto público sobre a questão do isolamento social na prevenção do novo coronavírus. O MOVE destaca que o documento não é um pedido de reabertura indiscriminada do comércio. “Assim, o MOVE propõe a harmonia de medidas que disponham tanto sobre a saúde pública, como também a recomposição gradativa das atividades empresariais, por setor, com fins de não tencionar o próprio colapso da economia que, certamente, agravaria a situação de crise”, diz o manifesto.

“Os efeitos do isolamento, sem as devidas considerações de fatores econômicos, acarretarão no fechamento de empresas e de postos de trabalhos. Não só isso, a medida de isolamento social sem atenção à tutela econômica, implicará na expressiva diminuição da arrecadação de tributos, como decorrência lógica da redução do faturamento do setor empresarial. Há de se ter consciência que o setor privado financia as relevantes atividades do setor público”, ressalta o documento.

 

Por Carlienne Carpaso

Fonte: Cidadeverde

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