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Uma suposta comunidade no Facebook, da qual participaria integrantes das forças policiais no Piauí, inicia o ano fazendo apologia a crimes contra os direitos humanos. É o caso do “Plantão Policial do Piauí”.

A página na rede social anuncia que faz um ano que segue atualizada para contentamento dos seus simpatizantes, e sugere que tem como meta obter 100 mil curtidores.

“Um ano de página, altos e baixos, perseguições, ameaças, denúncias, muitos não gostam, mais a maioria adora e são para esses que a gente resiste e continua o trabalho de levar informações sobre ocorrências policiais”, informa.

Numa das primeiras fotos postadas no ano de 2016, há um amontoado de jovens no fundo de um veículo, que não dá para saber ao certo se é uma reprodução extraída da internet ou se é algo real ocorrido no Piauí. A publicação tem mais de 1500 curtidas.
REPRODUÇÃO DA BARBÁRIE E FALÊNCIA DO ESTADO
Ao supostamente abrigar integrantes das forças policiais, a página na rede social não demonstra outra coisa a não ser a repetição da barbárie que hoje assola o Estado, com uma violência inaceitável, roubos, mortes violentas, furtos, e todas as agressões possíveis.
É a falência dupla do Estado, uma por não conseguir por fim a esses descalabros, e a outra por passar a repetir o que esses marginais sociais fazem, em detrimento de uma maior cobrança por, principalmente, Educação, Emprego, Saúde e propriamente uma estrutura necessária para o aparato policial, que está relegado ao léu.

O secretário de Segurança Pública do Piauí, Fábio Abreu, em relatos ao titular do Blog Bastidores, informou que em termos de emenda parlamentar fruto da bancada federal, o último deputado federal que se preocupou a destinar esse tipo de recurso para as forças de segurança pública no Estado foi Nazareno Fonteles.

Os demais, nenhum se preocuparam com isso.

Essa página no Facebook, assim, pode ser rotulada como o desperdício de energia de possíveis vingadores, que ao invés de gastá-la com algo que combata a causa da violência, perde esforços se embreando em ser igual às consequências desse mal.

CHAVÕES
Na página no face, os próprios responsáveis comentam a foto dos supostos criminosos amontoados no fundo do veículo. “Tá com pena? Leva pra tua casa e dá carinho”, ironizam.

POLÍCIA FEDERAL
O Ministério da Justiça, tempos atrás, havia anunciado que a Polícia Federal iria reforçar o grupo de trabalho interministerial criado para monitorar e mapear crimes contra os direitos humanos nas redes sociais.

A ideia, pela proposta, seria analisar denúncias de páginas que promovam o ódio e fazem apologia à violência e à discriminação.

SIMBOLO DA FALÊNCIA
A permanência dessa página no ar há um ano, sem que autoridade alguma faça nada, é o simbolo da falência da Segurança Pública no Piauí, e a comprovação de que o Estado está longe do processo civilizatório nessa área.

É lastimável.

Fonte:180graus