Matéria / Polícia

Funcionária da ADAPI teria sido executada a mando de criadores da região de Picos

08/03/2013 |
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Ameaçada de morte supostamente pelo ex-marido, conhecido como Moacir, a jovem Patrícia Sousa, cuja mãe, Iones Sousa, 45 anos, foi assassinada por dois pistoleiros dentro do seu local de trabalho, o escritório da Agência de Desenvolvimento Agropecuário, ADAP, em Santo Antônio de Lisboa, no final de janeiro, foi colocada sob a proteção do Estado e permanece incomunicável em local de Teresina que conta ainda com a vigilância alternada de representantes do Movimento de Mulheres Piauienses, que temem pela sua vida. A líder Isabel, de Geminiano, levanta suspeita em outra direção: Iones teria sido executada a mando de criadores de cavalos.

Francisca Iones de Sousa-Foto: Arquivo familiar

Francisca Iones de Sousa-Foto: Arquivo familiar

Iones Sousa, segundo a própria Patrícia confidenciou para este repórter, foi morta porque a protegia como filha depois que decidiu abandonar sua casa por não suportar mais os maus tratos do marido e de perceber que o juiz de Santo Antônio de Lisboa não tomava qualquer atitude que pudesse barrar as investidas contra sua mãe.

Medo
Falando na presença de líderes do movimento de mulheres, entre as quais Lourdes Melo, Patrícia revelou ainda que a família do marido tem muita influência naquele município da região de Picos e sua mãe, uma líder do movimento de mulheres e também de trabalhadoras rurais, passou a ser mais perseguida quando pediu à justiça a guarda dos netos que se encontravam com Moacir.

No encontro que teve com este repórter, Patrícia pediu para não ser fotografada nem filmada porque tem certeza que seu marido virá atrás dela principalmente porque nenhuma providencia, a seu ver, foi tomada contra ele até agora.

Outra direção
Apesar das muitas suspeitas de que foi o marido de Patrícia quem encomendou o assassinato da sogra, no movimento de mulheres e trabalhadoras rurais da região de Picos, existem algumas militantes que acham que Iones foi assassinada em consequência de sua atuação correta como funcionária da ADAP, que em Santo Antônio de Lisboa tem escritório na sede do Emater.

A trabalhadora rural conhecida como Isabel, de Geminiano, cidade próxima a Santo Antônio de Lisboa, disse que Iones era muito legalista e exigia o cumprimento da lei de proteção aos animais em atividades de fazendeiros da região, como as corridas de cavalos que são muito requisitadas na área e que atraem criadores de estados como o Ceará e Pernambuco.

Isabel suspeita que alguns fazendeiros tiveram interesses contrariados pelo trabalho da líder Iones e que tenha sido executada a mando de alguns deles. FONTE: GP1

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