O Palmeiras teve o jogo perfeito para demonstrar capacidade ofensiva, mas voltou a falhar na finalização. O time atuou com dois jogadores a mais (Renato Ribeiro e Matheus foram expulsos) por cerca de 35 minutos e venceu o Paulista por 2 a 1 na noite desta quinta-feira, no Pacaembu, em duelo adiado pela 10ª rodada do Campeonato Paulista, graças ao gol contra de Dráuzio, e outro marcado pelo zagueiro improvisado de volante Vilson. Isso quando as duas equipes ainda estavam no 11 contra 11 em campo.
O triunfo foi sofrido, já que o adversário colocou bola na trave e teve domínio do jogo em diversos momentos. Só que serviu para dar tranquilidade a um time sem vitórias nos últimos três jogos (dois pela Libertadores e um no Paulista), além da sexta colocação no estadual,com 20 pontos, ultrapassando o arquirival Corinthians.
O Palmeiras agora atua no domingo às 16h diante do lanterna São Caetano, no Anacleto Campanella. O Paulista recebe o Botafogo-SP no mesmo dia às 18h30.
O Palmeiras entrou em campo no esquema 4-3-3 para acabar com o incomodo jejum de 279 minutos sem gols. A formação ofensiva tinha Vinicius e Patrick Vieira pelos lados do campo e Kleber Pinheiro como centroavante. Valdivia era o responsável pela armação de jogadas.
O ineficiente ataque do alviverde contou com uma ajuda do adversário logo aos 2 minutos de jogo. O jejum de gols terminou graças ao zagueiro do Paulista, Dráuzio, autor de um gol contra após cobrança de escanteio.
O gol poderia servir para dar tranquilidade ao Palmeiras, mas o que se viu em campo foi um time afobado, com excesso de jogadas individuais. A realidade foi a de que o Paulista passou a dominar o duelo.
O time do interior impôs velocidade e empatou o jogo em uma jogada de contra-ataque aos 13 minutos em chute de Marcelo Macedo após passe cruzado de Matheus. Os jogadores palmeirenses ficaram revoltados com a impressão de impedimento na jogada, mas Maurício Ramos estava na mesma linha do adversário.
Com o gol de empate, o Palmeiras se perdeu mais ainda em campo. O time estava desordenado, com Henrique atuando sem posição fixa, e ainda tomou outros sustos do Paulista.
Mesmo em momento horrível na partida, o alviverde conseguiu o segundo gol, aos 45 minutos, quando Patrick Vieira cruzou uma bola de longa distância, e Vilson escorou de cabeça no canto direito do goleiro Richard. O Paulista ainda perdeu o meia Renato Ribeiro por expulsão no minuto seguinte após carrinho por trás em Valdivia.
Com vantagem numérica em campo e no placar, o Palmeiras tinha tudo para ter um segundo tempo tranquilo. Só que novamente o time sofreu sufoco do adversário. Tanto que o empate quase saiu aos 11 minutos. Cassiano recebeu livre na área, driblou Fernando Prass, mas perdeu o ângulo e chutou na trave. No rebote, Marcelo Macedo chutou e Henrique salvou em cima da linha.
O baque definitivo do Paulista veio aos 12 minutos, segundos após a bola na trave, quando Matheus deu carrinho em Vinicius e levou o segundo amarelo sendo expulso de campo. O Palmeiras ficou com espaço de sobra para fazer o que bem entender.
A escolha palmeirense foi pelo toque de bola, sem pressionar o adversário e evitando os contra-ataques. Gilson Kleina não demonstrou nenhum interesse em fazer o time atacar e só trocou jogadores sem modificar o esquema. Leo Gago fez a estreia entrando no lugar de Maurício Ramos. A modificação fez Vilson ser colocado como zagueiro.
O Palmeiras demonstrou a já corriqueira deficiência ofensiva com diversos erros de finalização. O adversário, mesmo com nove jogadores em campo ainda teve forças para assustar. Como saldo positivo fica a vitória por 2 a 1. Só que a atuação do Palmeiras fez o time ser vaiado pela torcida após o apito final.
Fonte: Uol Esportes
