Matéria / Polícia

Em depoimento, Joaquim afirma que Francimar pediu para não ter velório

25/03/2013 |
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A Polícia Civil do Piauí divulgou nesta segunda-feira (25) novos vídeos da Operação Mandacaru. As imagens são referentes ao depoimento de Joaquim Pereira Neto, que acusou o vice-prefeito de São Julião de ser o autor intelectual da morte de Emídio Reis. A polícia vazou os vídeos após os advogados dos acusados afirmarem que o depoimento foi colhido sob tortura.

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À polícia, Joaquim Neto afirmou que o vice-prefeito Francimar Pereira encomendou a morte de Emídio e pediu para "não ter velório". Ele também contou detalhes do dia da execução e citou nomes de supostos envolvidos no crime.

"Ele disse que era para ter a morte, mas não o velório. O Francimar disse. Não pediu nada para a hora da morte, só para não ter velório, porque sabia que iria repercutir na cidade. Ele disse: 'Eu segui ele em Picos, passei pelo carro dele. Ele iria passar por Campo Grande, para deixar uns papeis para um contador'. Nessa hora, Antônio Virgílio já tinha descido do carro. Ele era amigo do Emídio. Ele entrou no carro pedindo carona. Valter e outro acompanhavam o Antônio Virgílio até a entrada de Alagoinha", disse Joaquim em depoimento.



Segundo o acusado, Antônio Virgílio havia pedido carona até a entrada da cidade de Alagoinha. "Quando ele [Emídio] parou para Antônio Virgílio descer os outros dois chegaram e fecharam. Dois entraram no carro. Disseram para o Emídio assinar uns papeis. Ele não desconfiou", detalhou Joaquim.


Ainda durante o depoimento, Joaquim afirmou que recebeu o dinheiro em uma agência do banco Itaú. "Os R$ 15 mil o senhor [para o delegado] pode pegar as filmagens do banco Itaú e confirmar. Peguei lá. Saquei lá o dinheiro. Os cheques foi o Francimar que me entregou. Estava no nome de outra pessoa. Lá no banco me deram uma sacola amarela para eu colocar o dinheiro. Do jeito que eles grampearam, eu nem olhei quanto tinha dentro", disse.

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Em outras imagens, Joaquim aparece dentro da cela e reafirma que todo o depoimento foi verdadeiro. A declaração entra em contradição com a afirmação do advogado de defesa, que alega que Joaquim prestou depoimento sob tortura e "com saco plástico na cabeça". Com informações do Cidadeverde

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