Foto: The Sun
Por conta de uma rara deficiência, o segurança britânico Andrew Wardle, de 39 anos, nasceu sem o pênis e com a bexiga para fora do corpo. O caso, que permaneceu em sigilo por toda a sua vida, foi divulgado amplamente na imprensa inglesa nesta segunda-feira, com o anúncio de que Andrew será submetido a uma cirurgia rara que implantará um órgão genital constituído de parte do seu antebraço.
Em entrevista ao The Sun, ele conta que o problema não o impediu de ter uma vida produtiva: antes de se tornar segurança, o inglês trabalhou como atendente de bar e chef de cozinha, além de ter vivido na Espanha e no leste europeu e tido relações com "mais de 100 garotas".
"Tive muitas namoradas. A primeira foi quando eu tinha 17 e conseguia satisfazê-la sexualmente mesmo com meu problema, mas ela queria experimentar coisas que não poderia proporcionar. A partir dos 21, comecei a usar drogas, como ecstasy e LSD, e usava os efeitos delas como desculpa para não fazer sexo com a maioria das garotas com que me relacionava. Tive mais de 100 namoradas, algumas só de uma noite, outras em casos mais sérios. Contei a verdade para cerca de 20% delas", explicou.
"Em alguns momentos, meu problema me fez ainda mais atraente para mulheres. Eu tenho meu charme, comigo não é só sexo", analisou Wardle, que, por outro lado, admite já ter apanhado de uma mulher ao revelar seu problema: "ela literalmente me deu um soco na cara (ao saber)".
Há cerca de dois anos, porém, o segurança se viu desolado e admite ter tentado suicídio: "não pensava jamais em procurar um médio, achei que nada
poderia ser feito". A reviravolta aconteceu quando, por insistência da irmã, ele se consultou com um médio da Universidade de Londres, que indicou a cirurgia.
Segundo o The Sun, um em cada 40 mil homens nasce em situação semelhante à de Andrew, embora o caso dele seja considerado extremo pela completa ausência peniana. A deficiência pode afetar, além do psicológico e da vida sexual, o rim do deficiente.
A reparação pode ser realizada em até três cirurgias, que utilizam pele, músculos e nervos do antebraço e conectam canais da uretra, de forma a permitir até mesmo ejaculação. Um caso bem-sucedido foi o de Mohammed Abad, um escocês que perdeu o membro em um acidente de carro e realizou um implante do mesmo tipo no ano passado.
Andrew deve passar pela primeira operação, de cerca de 12 horas, nos próximos meses. Empolgado, ele conta que planeja escrever um livro contando suas experiências.
FONTE: Terra