Matéria / Cidades

Trotes continuam prejudicando o serviços de resgate e polícia do PI

15/05/2013 | Edivan Araújo
/

Apesar das campanhas de conscientização os trotes continuam prejudicando o atendimento de resgate oferecido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do Piauí.
Em Picos, a 310 quilômetros ao Sul de Teresina, o setor recebeu duas mil ligações de um único número. Na capital, casos de trotes também são comuns e atrapalham de outras corporações como da polícia e do Corpo de Bombeiros.

Na central de operações da Polícia Militar os telefones não param de tocar, 40 policiais são responsáveis por atender as chamadas do 190. As ligações de graça ajudam a população em casos de emergência. Diariamente são recebidas cerca de 4 mil ligações. No entanto, grande parte das chamadas são trotes e em alguns casos, são de pessoas que não sabem a quem recorrer em determinada situação e acabam entrando em contato com serviço em busca de informações. 

Os atendentes são treinados para perceber quando se trada de uma informação falsa, mas as vezes quem está do outro lado da linha consegue convencer e o resultado é a mobilização de policiais, médicos, bombeiros, para atender pedidos que não existem.

Foi o que aconteceu na semana passada, uma ligação informando que quatro ônibus clandestinos levando drogas e armas. Uma equipe de policiais foi mobilizada com cães farejadores, mas quando chegou ao local da ocorrência descobriu que se tratava de uma brincadeira.

De acordo com a major Joseline Feitosa, o desgaste de equipamento e de pessoal é grande e muitas vezes quem pode sofres as consequências é a população. “No mesmo horário de um trote tem centenas de ocorrências reais de pessoas que realmente estão precisando de ajuda e nós não estamos lá”, relata.

Em Picos, as ligações falsas causam prejuízos para o Samu, por dia 20% das ligações são trotes. Para Rivaldo Dantas, coordenador do órgão, as pessoas deveriam ter consciência. “No momento em que a pessoa está passando um trote, a pessoa da família pode precisar e poderemos não ter equipes para atender”, argumenta Rivaldo.

Fonte: G1 Piauí

Facebook