Depois de mais de uma hora de discussão, os professores da rede municipal de ensino de Picos decidiram em assembléia geral realizada no final da tarde de ontem, 14 de maio, aceitar a proposta de parcelamento do salário de dezembro de 2012. A dívida foi deixada pela gestão anterior e ultrapassa a casa de l milhão de reais.
A assembléia foi realizada no plenário da Câmara Municipal de Picos e, por maioria expressiva de votos, os professores decidiram aceitar a proposta acordada entre a Administração e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Picos (Sindserm)
Pelo acordo o pagamento do salário dos servidores da Educação referente ao mês de dezembro de 2012 será efetuado em duas parcelas. A primeira em agosto deste ano e a segunda em fevereiro de 2014.
A proposta havia sido acertada entre o Sindserm e a Prefeitura de Picos após duas longas reuniões realizadas nos dias 9 e 10 deste mês, na sede da Secretaria Municipal da Educação.
Participaram das discussões os diretores do Sindserm, secretário municipal de Governo Tiago Saunders Martins, representando o prefeito de Picos Kleber Eulálio (PMDB) e o secretário da Educação e vice-prefeito, Padre José Walmir de Lima (PT). Na segunda reunião também marcou presença o vereador Francisco Wellington Gonçalves Dantas (PT).
Avaliação
Para a presidente do Sindserm Edna Moura, se não foi o ideal o acordo foi o melhor que os sindicalistas puderam conseguir. A administração chegou a propor o parcelamento do débito em doze meses, em seis meses e , ao final chegaram a duas parcelas.
“Acredito que houve avanços, principalmente, se levarmos em consideração os ganhos agregados, como, por exemplo, os 5% da regência, enquadramento e realização de teste seletivo. Além disso, conseguimos a garantia da implantação da segunda parcela de reajuste para os professores das classes C e D, garantida em projeto de lei aprovado pela Câmara em 2011”, argumentou Edna Moura.
Com o aval da categoria, os diretores do Sindserm vão procurar agora os representantes do governo municipal para oficializar o acordo. “Foi importante esse entendimento, até porque o sindicato precisa avançar a discussão sobre problemas enfrentados por outras secretarias como Administração e Saúde”, ressalta Edna Moura.
Por José Maria Barros do GP1