O Grupo especial de combate ao crime organizado da Polícia Civil do Piauí está investigando a denúncia de que o vice-prefeito de São Julião, Francimar Pereira, que está preso numa unidade militar sob acusação de ser um dos mandantes do assassinato do ex-vereador Emídio Reis da Rocha, teria utilizado o telefone celular ao qual teve acesso dentro da prisão, para jurar de morte o presidente da Câmara municipal de São Julião, Francisco de Assis Brito.
O presidente da Câmara, que é conhecido como De Assis, foi quem apresentou ao legislativo de São Julião a proposta de afastamento das funções de José Francimar Pereira, que mesmo preso permanece como vice-prefeito do município.
As investigações realizadas até aqui indicam que o celular foi introduzido no presídio militar por uma irmã de Francimar Pereira, auxiliada pela negligência de quem estava de plantão. De acordo com denúncias que chegaram ao GRECO, nas ligações, uma mulher repetia o que uma voz ao fundo, reconhecida como a de Francimar, lhe dizia.
Medo
As ameaças por telefone, "jurando de morte", foram feitas a outro vereador de São Julião, provavelmente por ter feito pronunciamento defendendo o afastamento do vice-prefeito e causaram um clima de medo no município em função do histórico do grupo, que segundo políticos e alguns comerciantes da região, implantou o terror político ali há muitos anos e por isso controla as ações "diante da complacência de muita gente".
Para um dos delegados da Polícia Civil, o encontro de um celular dentro do presídio sendo utilizado pelo vice-prefeito e a comprovação das ameaças "deixa impossibilitado qualquer juiz de conceder liberdade a essa quadrilha que uma vez solta vai voltar a praticar crimes". Com informações do GP1