Um bate-boca entre manifestantes e parentes do ex-genro da Funcionária da ADAPI de Santo Antônio de Lisboa, Francisca Iones de Sousa aconteceu ontem na 1ª Vara da Infância da Juventude, no bairro Cabral, zona Norte de Teresina. José Moacir de Sousa, 40 anos foi intimado a participar de uma audiência na qual solicitou a guarda dos filhos que tem com a filha da vítima, Patrícia de Sousa. O casal tem três crianças: 7, 11 e 13 anos.
Em 2010 a justiça da Comarca de Francisco Santos concedeu a guarda do filho mais novo do casal e o direito de vê as outras duas crianças nos finais de semana, férias e feriados. Por outro lado Patrícia tem a proteção da mesma justiça para se refugiar alegando está protegendo as crianças do pai. “Ela não aceitou nada nem a divisão dos bens e nem o fato do pai das crianças ter o direito garantido por lei de vê as filhas” – disse a irmã de Moacir, Maria José de Sousa.
“Na audiência apenas os advogados de Moacir(José urtiga de Sá Júnior) e de Patrícia(Sueli Melo) foram ouvidos pela juíza Maria Luíza de Freitas. A mesma tentou ainda conciliação das partes mas não obteve êxito, pois a psicóloga da 1ª Vara informou que patrícia estava incapacitada de participar da audiência. Maria Luiza assinou um despacho se julgando incompetente para discutir sobre a guarda dos filhos e declinou a competência ao Tribunal de Justiça do Estado decidir se caberia à vara da infância em Teresina ou ao juiz da comarca de Francisco Santos julgar o caso. No mesmo despacho a juíza manteve a guarda provisória dos filhos com Patrícia muito embora exista a decisão que um dos filhos dela ficaria com Moacir” – informou o advogado de Moacir, José Urtiga Júnior.
Sá Júnior informou também que na ação de violência doméstica que patrícia moveu contra Moacir em 2010 não foi provado que ele era violento é tanto que o mesmo promotor que o denunciou pediu a absolvição.
A discussão aconteceu na porta do fórum, quando Moacir estava dando entrevista e os manifestantes gritavam o chamando de “assassino” e a irmã de José Moacir, Maria José de Sousa reagiu dizendo que era “um absurdo” e pedindo que apresentassem as provas de que ele é o assassino de Ione. “Eu duvido que a UMP faça manifestação na Comarca de Francisco Santos e Santo Antônio de Lisboa com o apoio da população de lá. Elas estão fazendo isso por que não conhecem nem Moacir e nem Patrícia, peço a elas que visitem os locais em que eles moravam quando eram casados e perguntem quem são eles, garanto que de 100 pessoas ex-vizinhas dos dois, 99 vão dar boas referências de Moacir” – afirmou a irmã de Moacir, Maria José de Sousa.
Durante a confusão, a polícia da Vara teve que ser chamada para retirar os manifestantes de dentro do fórum. Â As manifestantes fazem parte do grupo da União das Mulheres Piauienses (UMP) e estiveram na frente da Vara com faixas, solicitando da juíza Maria Luíza de Freitas que não autorize a guarda das crianças para Moacir.Â
Ione foi morta no dia 30 de janeiro deste ano, com três tiros, quando trabalhava na agência da Adapi em Santo Antônio de Lisboa e a família acusa o ex-genro de Iones de ser o assassino.“A justiça não pode autorizar a guarda para um dos acusados de assassiná-la, porque sua morte será em vão”, afirmou Tania Mendes da UMP. Ele nega que seja o assassino e disse que foi uma trama para tirar os filhos dele.
Fonte: Portal FCS