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Há trinta anos, Luís Moraes não via a família. Ele desapareceu na cidade de Simões, no Piauí, e nunca mais deu notícias, nem foi visto. O último domingo (14/07) foi reservado para matar três décadas de saudades: sua família estava pronta para recebê-lo no Aeroporto de Petrolina, no Sertão Pernambucano. O encontro foi emocionante para os irmãos, que passaram muito tempo sofrendo com a perda.

Quem encontrou Luís foi a sobrinha dele, Giovania Carvalho. Ela conta que teve ajuda da internet. "Um belo dia, no trabalho, coloquei o nome dele nas redes sociais e apareceram dois links. Quando entrei em um deles, vi toda a história do meu tio e o nome do meu avô, tive certeza que era ele. Comuniquei à família e providenciamos o retorno dele para Petrolina", disse ela.

De acordo com Luís Moraes, desempregado, durante todo esse tempo ele viveu como andarilho na cidade de Itacoatiara, no Amazonas. Ele explica os motivos de sua partida. "Foi problema de família. Família tem gente de todo jeito, né? Aconteceu isso, tive que sair", afirmou o senhor. Ele chegou ao aeroporto em uma cadeira de rodas porque precisou amputar uma das pernas três meses atrás, depois de ter sido atropelado.

Durante o tempo em que esteve longe, Luís foi uma lembrança recorrente para os parentes, que guardaram a saudade e as memórias. "Foi muito sofrimento, muita saudade. Não tem palavras", conta, emocionada, a irmã Helena. Hoje, a família comemora. Até mesmo a outra irmã, Marlene, que tinha apenas 12 anos quando Luís desapareceu. "Deus usou os mais belos instrumentos para realizar essa história. Foi muito sofrimento, mas agora se transformou em emoção, carinho", afirmou. "A gente poderia comemorar outro aniversário dele hoje porque, para nós, ele nasceu de novo", afirma o irmão Genivaldo.

Fonte: Com informações do G1 PE