O secretário de Meio Ambiente do Piauí, Dalton Macambira, confirmou que os cinco presos por furto de água da Barragem de Piaus já foram liberados, mas os empresários acusados serão processados pelo Estado por dano ao patrimônio público.
“Eles vão ter que devolver o dinheiro. Vão ser processados por furto de água e dano ao patrimônio público. Já as pessoas mais pobres terão que justificar o que fizeram. Nos trechos mais pobres, queremos dar água tratada a essas pessoas porque é inadmissível que uma cidade tenha uma adutora e não tenha água”, explicou o gestor.
Nesta sexta-feira (30), o secretário presidirá uma audiência pública na cidade de São Julião, sob proteção policial. O encontro tem o objetivo de discutir a gestão da adutora de Piaus.
A adutora foi construída para levar água da barragem de Piaus para São Julião, Pio IX, Fronteiras, Campo Grande e Vila Nova do Piauí, atendendo 25 mil pessoas. A obra chegou a ser visitada pela presidente Dilma Rousseff (PT) no mês de janeiro.
A previsão de inauguração era o mês de julho. No entanto, segundo Dalton Macambira, quando foram iniciados os testes, a água que levaria meia hora para chegar a um ponto, demorou sete horas.
Cerca de 25 policiais, com o apoio de técnicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), percorreram os 111 quilômetros da adutora em busca de “gatos”, ligações irregulares como as de energia elétrica. Mais de 30 pontos de desvios foram detectados.
Com os flagras, cinco pessoas foram presas, dentre elas o vereador Francisco de Assis Brito, o De Assis (PSD), presidente da Câmara Municipal de São Julião, e alguns empresários.
Fonte: Cidade Verde