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Nesta semana um incêndio no sul do estado teria provocado um apagão em todo o nordeste. O fato chamou a atenção para um dado curioso. No Piauí os casos de queimada costumam se repetir nos mesmos lugares.
As equipes de limpeza do Parque Zoobotânico, em Teresina, estão em campo para retirar o excesso de mato, folhas e galhos secos, combustível para o fogo que já causou muito estrago no local.
No ano passado 45 dos 137 hectares do parque foram atingidos por um incêndio de grandes proporções. “Nós tivemos um incêndio criminoso em 2012, pois foram cinco focos com distancias de 20 quilômetros cada ponto. Nesse ano temos intensificado a vigilância”, disse José Renato Uchoa, diretor do Zoobotânico.
Pelos números do Corpo de Bombeiros, só a capital registra por dia 12 ocorrências de incêndios ou queimadas. No interior do estado a situação também preocupa, o fogo que atingiu as linhas de transmissão da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) é a principal causa do apagão de quarta-feira (28), situações que poderiam ser evitadas se houvessem a retirada da vegetação seca, o que pode não ter acontecido no assentamento onde houve a queimada.
“Do tempo que nós estamos aqui teve a limpeza no ano de 2011”, contou o agricultor Claudemir Amorim, morador da região.
A lei recomenda que a área que há histórico de queimadas seja feita um plano de ação para combater o fogo, isso inclui a limpeza da mata seca. Sem o cuidado o perigo aumenta tanto para quem trabalha como para mora em áreas com vegetação vasta e seca.
Há um ano o fogo atingiu a área com 200 hectares do Centro de Ciências Agrarias  da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que destruiu estruturas e prejudicou pesquisas que estavam em andamento. Agora a coordenação do centro se antecipou a qualquer possibilidade de perigo.
“Nós estamos discutindo aqui na universidade a criação de uma brigada contra incêndios para que quando os focos ocorrerem a gente ter a possibilidade de evitar perdas”, relatou José Bento Carvalho, coordenador.
Para o Corpo de Bombeiros, a prevenção é a melhor forma de evitar incêndios. “Manter sempre em propriedades e terrenos baldios o mato rasteiro e sem acumular lixo, além de mantar um ponto de observação para que seja identificado com antecedência qualquer pequeno foco de incêndio”, finalizou a major Najra Nunes.
Fonte: G1 Piauí
