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Consumidor está sujeito a uma tentativa de fraude a cada 14,8 segundos

20/09/2013 | Edivan Araújo
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Entre janeiro e agosto deste ano, ocorreram mais de 1,42 milhão de tentativas de fraude, conhecidas como roubo de identidade, em que dados pessoais são usados para firmar negócios sob falsidade ideológica ou mesmo obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos. Os números representam uma tentativa de fraude a cada 14,8 segundos no Brasil, de acordo com o indicador Tentativas de Fraudes – Consumidor da Serasa Experian.

Os registros indicam alta em relação ao mesmo período de 2012 e 2011, quando foram registrados mais de 1,39 milhão e 1,36 milhão de denúncias de consumidores, respectivamente.

O estudo mostra ainda que, nos primeiros oito meses de 2013, lideraram os registros os setores de telefonia e serviço, com 601.310 casos de tentativas, correspondendo a 42% das ocorrências. No mesmo, período em 2012, esse índice havia sido de 32% e, entre janeiro e agosto de 2011, de 25%.

Já o setor de serviços – que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral – teve 431.632 registros, equivalente a 30% do total. No mesmo período no ano passado, este era o setor que mais sofria tentativas de fraudes, respondendo por 36% das ocorrências no acumulado de janeiro a agosto de 2012 e 33% no mesmo período de 2011. O ranking é composto ainda de bancos e financeiras (18%), varejo (7%) e outros (2%).

Em relação ao setor bancário, a participação nas tentativas de fraudes no setor se manteve a mesma de janeiro a agosto deste ano, com relação ao mesmo período do ano passado (18%, que já indicava queda em relação aos 27% do mesmo período de 2011), por conta da retração na procura por crédito e um crescimento em telefonia e serviços. “A popularização da internet e das mídias sociais é apontada como um fator impulsionador desse tipo de ação criminosa”, informou a Serasa.

Precauções

Segundo a Serasa Experian, consumidores que já tiveram documentos furtados estão mais suscetíveis às fraudes. Com apenas uma carteira de identidade ou um CPF nas mãos de golpistas, dobra a probabilidade de ser vítima de uma fraude. Também é comum as pessoas fornecerem seus dados pessoais em cadastros na Internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites.

Além disso, os golpistas ainda costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.

Por isso, a empresa alerta sobre cuidados que o consumidor deve adotar em seu dia a dia, como não fornecer dados pessoais para pessoas estranhas, não fornecer ou confirmar suas informações pessoais ou número de documentos pelo  telefone, tomando cuidado com promoções ou pesquisas, não perder de vista seus documentos de identificação quando solicitados para protocolos de ingresso e tomar cuidado ao digitar a senha do cartão de débito/crédito na hora de realizar pagamentos, principalmente na presença de desconhecidos.

Fonte: Info Money

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