Matéria / Polícia

Nutricionista grávida é agredida por PM em Jaicós

13/10/2013 | Edivan Araújo
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O médico Wilson Coutinho denunciou ao Cidadeverde.com que sua esposa, a nutricionista Carla Marreiros, grávida de seis meses, teria sido agredida por policiais militares da 3ª Companhia do 4º BPM em Jaicós (a 352 quilômetros de Teresina). A agressão teria acontecido no final da noite deste sábado(12) na casa dos pais de Carla e também teria atingido seu pai, o professor Rafael Marreiros, que teria levado um “pisão” dos militares.
De acordo com a denúncia do médico, quatro policiais militares chegaram à residência, localizada no bairro Serranópolis, procurando pelo irmão da nutricionista que teria fugido de uma abordagem em Massapê, município vizinho, por estar supostamente embriagado.
“Ao ouvir um barulho, (Carla) levantou-se e dirigiu-se até a entrada da casa onde se deparou com quatro policiais militares, os soldados, Bispo, Francinilson, Paulo César e Carlos Bento, que tentavam imobilizar seu irmão caçula, Gustavo que aparentava embriaguez alcoólica. Seu pai, também na garagem, que dá acesso a casa. Ao ver o policial Carlos Bento com uma arma em punho, descrita pela família como uma metralhadora, pediu que o mesmo tivesse calma, baixasse a arma que tudo seria resolvido na tranquilidade, sem agressão. Como resposta, Rafael Marreiros foi violentamente imobilizado pelo dito policial, Carlos Bento, com tamanha estupidez, que o mesmo chegou a cair no chão, tendo antes levado um pisão de coturno no pé esquerdo, deixando um leve ferimento”, descreve Wilson Coutinho.
A nutricionista teria agido quando viu seu pai sendo agredido pelo militar. “Carla Marreiros se dirigiu ao policial pedindo que o mesmo parasse com aquilo. Foi quando, numa atitude abrupta, a mesma teve seu corpo jogado ao chão e arrastado por quase dois metros pelo soldado, Carlos Bento”, afirma o marido de Carla, enfatizando que sua mulher espera um filho seu.
 
Professor Rafael que também teria sido agredido
Carla ficou com a perna ferida e foi até o hospital Florisa Silva para fazer um laudo médico que apresentou “escoriação leve em joelho direito, acrescendo dores em região lombar e pé direito”. O plantonista também realizou exame obstétrico para saber a reação do bebê, que não teria sofrido qualquer reação.
Ao sair do hospital a nutricionista prestou queixa à Delegacia de Jaicós sobre as agressões sofridas.
Logo após este episódio, os policiais conduziram presos e algemados, o enfermeiro Gustavo e um amigo que lhe fazia companhia para a delegacia.
A família está revoltada com a ação dos policiais e alegam que em nenhum momento quiseram impedir os policiais de levarem o enfermeiro, já que reconheceram que ele estava embriagado. “Em nenhum momento, nem eu, nem minha esposa e nem Carla, tentamos impedir que eles (policiais), levassem meu filho. Reconhecemos que ele realmente estava embriagado. O que pedimos foi calma, sem violência e que os mesmos baixassem as armas, pois não havia necessidade do uso de armas dentro da nossa casa”, disse o professor Rafael ao portal Saiba Mais.
Ele denunciou ainda que os dois policiais mais agressivos foram: Carlos Bento e Paulo César “estavam inflamados, alterados, gritando e agiram com violência”, destacou o professor Rafael.
O médico Wilson Coutinho disse que o “abuso de autoridade” deverá ser punido pela Corregedoria. “É o cúmulo do absurdo. E se tiver justiça no Piauí, quero que o comandante da Polícia Militar no Estado, através da Corregedoria apure e puna os responsáveis pela transgressão”, indigna-se.
Polícia Militar
O Cidadeverde.com entrou em contato com a 3ª Companhia da PM em Jaicós, o soldado de plantou afirmou que os militares que participaram da ação saíram de serviço na manhã deste domingo(13) e somente o comandante Capitão Felix poderia falar sobre o assunto, porém ele não respondeu aos nossos telefonemas.
Com informações do portal Saiba Mais

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