O Piauí está vivendo uma revolução nada silenciosa, que está acontecendo na pré-escola, nas salas de aulas do ensino fundamental, do ensino médio, nas escolas profissionalizante, nas universidades, nas faculdades particulares, nos cursos de pós-graduação e nos centros de pesquisas.
A revolução acontece porque o conhecimento já é um dos principais vetores do desenvolvimento do Piauí, Estado que não tem grandes indústrias, cadeias de lojas locais e obra de grande vulto do Governo Federal.
Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios- do Pnad de 2012, divulgadas este mês pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), refletem essa realidade. Segundo o estudo, 980 mil piauiense de quatro anos a mais de idade estão nas salas de aulas.
Deste total, 583 estudam o ensino fundamental, o que corresponde a 59,49% do total; os que estão cursando o ensino médio são 185 mil, representando 18,57% e os que estão cursando o ensino superior no Piauí são 104 mil, representando 10,62%.
O supervisor de Informações do IBGE no Piauí, Pedro Soares, destaca que no Estado a população ocupada com 15 anos ou mais de idade é de 1,550 milhão de habitantes. Os com 15 anos ou mais de estudos somam 130 mil (4,84%); os que têm 15 ou menos de estudos são 111 mil, equivalentes a 7,16%.; os que têm 11 anos a 14 anos de estudos representam 359 mil, isto é 23,16% . Os que têm de oito a dez anos são 236 mil (15,23%).
A taxa de analfabetismo das pessoas de cinco anos ou mais de idade (19,33%) é muito inferior aos 30,08% de 2003. A maior redução do analfabetismo foi no Piauí. Entre 2003 a 2012, o percentual de pessoas com 15 ou mais de estudos (superior, mestrado) passou de 2,22% para 4,84%.
A rede pública de ensino continua sendo responsável pela educação básica e fundamental de 85,40% dos piauienses, o contrário do ensino superior, onde a participação da rede pública de ensino reduziu de 63,48% em 2003 para 47,12% dos 104 mil acadêmicos do Piauí em 2012.
A diretora do Centro de Ensino Médio de Tempo Integral (CEMTI), Petrônio Portella, de Picos, Enói Cosme, afirma que os egressos da escola fazem cursos superiores em suas áreas, abrem escritórios de contabilidade ou abrem seus negócios.
“A gente vai para o comércio e vê muitos empresários. Eles abriram seus escritórios de advocacia, abrem suas lojas e os próprios negócios”, afirmou Enói Cosme.
A gerente regional de Educação da região de Picos, Maria Leal, declarou que escolas estão sendo adaptadas para se adequarem às mudanças, como a implantação do tempo integral e a oferta de mais vagas.
Quinze mil alunos estão matriculados nas 56 escolas públicas estaduais da região, que abrange 22 cidades.
“Nós acreditamos que com as reformas, as escolas serão climatizadas e vão influenciar no desempenho dos alunos”, afirmou Maria Leal.
Fonte: Meio Norte