O São Paulo viveu a maior crise de sua história em 2013, flertou por quase dois meses com o inédito rebaixamento no Brasileirão, fracassou em Paulistão e Libertadores no primeiro semestre, passou por duas trocas de técnicos, mas não deverá ter um elenco muito diferente a partir de janeiro de 2014. O presidente Juvenal Juvêncio, que cogitou em meio à interminável sequência de resultados negativos reformular grande parte do time, está convencido após a recuperação com Muricy Ramalho que esta equipe tem potencial para alcançar objetivos ambiciosos na próxima temporada. Agora, o presidente não projeta grande número de contratações, nem reforços caros e badalados.
"Mais barato, não. Tem que ser de categoria. Mas os preços são conveniências contratuais. Você pode trazer o jogador sem despesas vultosas. Não vamos gastar alto, mas vamos trazer jogadores de ponta. Jogadores que venham para jogar, que estejam prontos, que sejam experientes", afirma Juvenal Juvêncio, que há pouco mais de um ano pagou ao Santos R$ 17 milhões por 32% dos direitos econômicos do meia Paulo Henrique Ganso, pouco antes de receber R$ 106 milhões do Paris Saint-Germain (FRA) pelo meia Lucas.
Da verba depositada pelo clube francês, R$ 86 milhões foram aos cofres são-paulinos. Destes, mais de R$ 60 milhões foram utilizados para liquidar empréstimos com os bancos BMG, Bradesco, Itaú, Rendimento e Industrial e Comercial. O restante foi utilizado em operações menores e serviu para equilibrar o caixa. Agora, descartada a possibilidade de uma nova grande venda, o presidente não trabalha com a possibilidade de repetir investimentos como o de Paulo Henrique Ganso.
No meio do ano, Juvenal já planejava as incursões que faria no mercado de transferências durante o mês de dezembro. Pressionado pela crise, projetou a construção de um novo elenco, baseado em apenas algumas peças do time que não conseguia deixar a zona da degola no Brasileirão. Após a reviravolta a partir do retorno de Muricy Ramalho, o São Paulo disputa o posto de melhor do returno do campeonato nacional e agora é considerado favorito a renovar o título da Copa Sul-Americana. Este novo cenário faz com que o presidente repense as mudanças e projete menos investimentos em reforços.
"Hoje acho que nossas necessidades serão menores. Serão algumas contratações para formar um time, mas pontuais", relata Juvenal, que faz elogios pontuais a alguns jogadores do atual elenco.
Ganso, maior investimento de Juvenal em todos os anos, é motivo de comemoração para o presidente. Com Muricy Ramalho, o ex-santista tem apresentado o futebol que se esperava e joga em nível próximo ao que o fez chegar à seleção brasileira, em 2010.
Fonte:Uol Esportes