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Os recursos para a construção  do Centro de Referência  Médica de Picos, orçados em R$ 30 milhões e já depositados  na Caixa Econômica  podem voltar aos cofres do Governo Federal se as obras não forem retomadas  até o dia  21 de dezembro.

As obras foram paralisadas após denúncias formuladas pela comunidade ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) durante encontro de Controladores Sociais, realizado em Picos.

Caso saia do papel e seguindo o projeto inicial, o Centro de Referência Médica de Picos contará com 284 leitos, sendo 260 de enfermaria e 24 de UTI neonatal, pediátrica e adulto; quatro salas de parto normal, central de processamento de resíduos, auditório com 150 lugares, refeitório, biblioteca e toda uma estrutura de um hospital escola.

Até a placa com as informações técnicas já está corroída

Até a placa com as informações técnicas já está corroída – Imagem: José Maria Barros/GP1

A empresa responsável pela execução da obra teria sido afastada sob suspeita de inidoneidade e, simultaneamente, ingressado com uma ação judicial contra o Estado, tornando o processo ainda mais lento.

Seguindo orientação do Ministério Público, a secretaria de Saúde do Estado chegou a anunciar uma nova licitação cujo projeto foi adaptado para situações de urgência e emergência, mas os operários ainda não estão no canteiro de obras.

O diretor do Sindicato dos Médicos de Picos, José Almeida Leal questionou alguns procedimentos que ele considera equivocados por parte do TCE. Para ele, se o órgão consegue fazer manobras capazes de paralisar a construção do Hospital, poderia também interferir na conclusão do processo. “Quem padece é a população. Isso não é um problema da população. A população precisa é de um hospital. Se o hospital não está saindo a culpa ou é do gestor ou do TCE”, afirmou.

Com informações de J. Pereira – Diário de Picos e José Maria Barros