Após deflagrada a Operação Certame que visa desarticular organização criminosa acusada de prática de fraudes no concurso da Polícia Militar do Piauí, o Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe) descartou qualquer possibilidade de anular o certame realizado neste domingo (1º) em  Teresina, Picos, Floriano, São Raimundo Nonato, Bom Jesus e Corrente.
Segundo o presidente da organizadora do concurso, Jorge Martins, tentativas de fraudes foram detectadas nos vários locais de aplicação da prova em Teresina. “Não temos a precisão de quantos candidatos teriam comprado as respostas, mas em todas as tentativas de fraudes o rastreador utilizado pelos fiscais apontou as pessoas que portavam aparelho eletrônico, ajudando desta forma o trabalho da polícia. Como todos os envolvidos foram presos, não temos porque anular ou cancelar o concurso”, relatou.
Jorge Martins explicou ainda que o rastreador identificou as pessoas portando celular quando a candidata contratada para repassar as respostas da prova enviou mensagem de texto aos demais concorrentes. Durante as abordagens foram confirmadas as suspeitas e os envolvidos encaminhados ao Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).
Na tentativa de evitar fraudes, a Nucepe chegou a alertar os 30.506 candidatos sobre a proibição da entrada de aparelhos eletrônicos durante aplicação da prova. O subitem 5.2.8 do certame proíbe portar e usar celular e demais aparelhos de comunicação nas dependências dos locais de prova.
Além de detectores de metais, houve também coleta de impressões digitais dos candidatos e aparato que detecta qualquer tipo de aparelho eletrônico, mesmo que desligado. O concurso oferece 400 vagas para o cargo de soldado e 30 para o cargo de oficial da Polícia Militar do Piauí.
Fonte: G1 PI