Matéria / Polícia

Mês de dezembro assusta pelo número de homicídios, diz sindicalista

15/01/2014 | Edivan Araújo
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O Estado do Piauí registrou um total de 54 homicídios dolosos no mês de dezembro de 2013. O número é um recorde desde que o Sindicato dos Policiais Civis de Carreira (Sinpolpi), passou a fazer a pesquisa “perfil dos homicídios dolosos do estado” em janeiro de 2011. No total foram registrados 54 assassinatos com uma média de quase dois crimes por dia. 

Antes de dezembro, o mês recordista assassinatos era outubro de 2012 com um total de 52 casos. Mas a partir de outubro deste ano a violência teve um aumento significativo no Piauí, já dando de que pela primeira vez o número de casos poderia ultrapassar os 52. 
“Em outubro de 2013 foram computados 50 assassinatos, 51 em novembro e a escalada continuou em dezembro. Nunca antes da história da pesquisa três meses seguidos tinham registrado mais de 150 homicídios dolosos no Piauí”, afirma o sindicalista Cristiano Ribeiro (foto acima), presidente do Sinpolpi e coordenador da pesquisa.

Cristiano, por sinal, voltou a exigir medidas do Governo do Estado para que a violência seja reduzida o mais rápido possível no Piauí. Dentre estas medidas está a contratação, através de concurso de mais policiais civis para suprir as delegacias onde ainda faltam profissionais.

Números de dezembro
Dos 54 casos, 32 foram registrados na Capital e 22 no restante dos municípios, incluindo interior e litoral. Após Teresina os municípios como maior número de crimes foram: Parnaíba, Canto do Buriti Altos e Barras com dois casos cada um. Também foi registrado o assassinato de quatro mulheres.

Ao contrário de meses anteriores, desta vez a Sul não foi a zona mais violenta da Capital. Ele ficou empatado em segundo lugar com sete crimes com a zona Leste. A zona Norte registrou quase o dobro de crimes, num total de 13 assassinatos e a Sudeste teve cinco casos.

Com relação a ocupação das vítimas, mais de 20% eram detentos, ex-detentos, assaltantes ou viciados em drogas, num total de 13 pessoas. Este número poderia ser maior se em oito casos tivesse sido possível identificar a ocupação das vítimas.

Oito pessoas tinham como profissão lavrador, sete eram estudantes e outros oitos estavam incluídos como serventes, pedreiros e sapateiros.

Os assassinatos por armas de fogo continuaram a ser maioria. Nada menos do que 35 vítimas foram abatidas com este tipo de arma, 13 com arma branca, 10 com outro tipo de instrumentos (pedra, pau) e em um dos casos não foi possível identificar o instrumento usado.


Fonte: Portal Az

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