A Polícia Civil informou que serão indiciados cinco dos sete presos no inquérito de 1.500 páginas, com sete volumes, que investigou a morte do ex-vereador Emídio Reis, morto em janeiro. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa realizada na Academia de Polícia Civil nesta quinta-feira(17).
Participam da coletiva, os delegados Menandro Pedro, presidente do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Lucci Keiko, comandante do inquérito e Carlos César, que participou das investigações e o delegado geral James Guerra.
Os indiciados serão: o vice-prefeito de São Julião, Fracimar Pereira, como mandante do crime; agente fiador Joaquim Pereira Neto; os executores: Antônio Sebastião de Sá (o Antônio Virgilio), José Gildásio da Silva Brito e Valter Ricardo da Silva.
Os cinco acusados foram indiciados pelos crimes de homicídio, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.
João Elísio está preso por porte ilegal de armas, mas não foi indiciado no inquérito porque não foi constatada a participação no crime. O mesmo aconteceu com Vanderlei, que foi preso mas já está solto.
Participação do prefeito
O delegado Lucci Keiko confirmou que o acusado dos disparos foi Antônio Virgílio e a motivação seria política, já que Emídio Reis teria entrado na Justiça solicitando a cassação do mandato do prefeito, José Neci (PT) e do vice, Francimar Pereira.
Keiko afirmou que o prefeito não foi indiciado por falta de indícios que o ligassem ao crime. “No depoimento de Joaquim Pereira Neto surgiu à possibilidade de está envolvido, quando na propriedade Canas do prefeito, Francimar realizou um contato telefônico com Antônio Virgilio e o prefeito estava presente, mas logo depois se afasta. Isso não fica evidente que ele saberia do plano. Como Francimar não confessa o crime, o inquérito será concluído sem o indiciamento do prefeito, mas se surgir algum indício da participação, o Ministério Público poderá pedir investigações complementares”, explicou.