Matéria / Esportes

Real Madrid sofre, renasce, goleia Atlético e conquista 'La Décima'

24/05/2014 | Edivan Araujo
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Foi raro: uma goleada dramática - 4 a 1 no Atlético, depois de 120 minutos em que houve de tudo um pouco.

Foi com gol aos 48 do segundo tempo, com herói improvável. Com prorrogação, com Di María brilhante, com Gareth Bale insistente. Com Marcelo, elétrico, mudando o jogo, se escalando para a história.

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Cristiano Ronaldo fez quarto do Real de pênalti e finalizou goleada por 4 a 1 contra Atlético
Cristiano Ronaldo fez quarto do Real de pênalti e finalizou goleada 

Brilho, insistência, sofrimento. O gigantesco Real Madrid teve de suar durante cada segundo. O Atlético de Madri, mais modesto e acostumado ao sofrimento. Foram 120 minutos de drama.

Um drama que mudou de um lado ao outro; e que começou logo no início do primeiro tempo.

Diego Costa, o artilheiro do Atético, lutou contra os problemas físicos para entrar em campo. Foi escalado, de forma surpreendente. Parecia um milagre. Mas o milagre durou apenas 9 minutos.

Cristiano Ronaldo, o craque do Real Madrid, também lutou. Entrou em campo com uma proteção na coxa esquerda, tentou de tudo para ajudar a equipe; mas, em sua casa, não teve o brilho de sempre. O melhor do mundo sofreu. Tentou por quase 120 minutos. Só pôde vibrar no fim, quando marcou, de pênalti, o gol que transformou a vitória em goleada.

O jogo deste sábado, no Estádio da Luz, teve muitos donos.

EFE
Jogadores fizeram a festa com a torcida depois de virada fantástica contra Atlético
Jogadores fizeram a festa com a torcida depois de virada fantástica 

Para o Atlético, a derrota repete o drama de 40 anos atrás. Em 1974, o clube colchonero também vencia por 1 a 0 até os minutos finais, mas levou o empate do Bayern de Munique - no jogo extra, os alemães golearam por 4 a 0.

Começou como o jogo da torcida do Atlético de Madri, que transformou o Estádio da Luz em Vicente Calderón. "Luís Aragonés, Luís Aragonés", gritavam os colchoneros, evocando seu mito; "One, One, One, Cholo Simeone", cantavam, enaltecendo seu líder. Um castigo para uma equipe que jogou todas as partidas como se fossem a última; e que, na última, caiu diante do cansaço, da angústia, do desgaste psicológico de sofrer um gol quando a taça parecia muito, muito próxima.

Transformou-se no jogo de Godín, o zagueiro artilheiro que quase foi de ídolo a mito, abrindo o placar e o caminho para o que seria o gol de um título improvável e espetacular.

Fonte:Uol Esportes

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