Matéria / Politica

Regina rebateu Madison e falou que ele é uma indicação de Mão Santa

Regina Sousa diz que gostaria de ouvir João Madison contar a sua trajetória de vida pública

29/07/2014 | Edivan Araujo
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“A porta da frente sempre foi minha entrada em tudo o que trabalhei”, diz Regina Sousa (PT) em relação a agressões que João Madison (PMDB) disparou contra ela.

A suplente de senadora, Regina Sousa, do Partido dos Trabalhadores, considerando-se duramente atacada pelo deputado João Madson, do PMDB, na última sexta-feira (25) em razão de ter manifestado preocupação com a situação financeira do Estado e consequentes prejuízos para servidores públicos, rebateu a altura.

O parlamentar, que é líder do Governo na Assembleia Legislativa, rebateu as ponderações de Regina com “baixo calão”, na opinião da líder petista que, para responder, enviou nota ao 180graus com o seguinte teor: “Gostaria de comparar minha Carteira de Trabalho (aquela azulzinha) com a do deputado João Madison. Trabalho desde menina. Fui quebradeira de coco, plantava feijão e milho com meu pai para sustentarmos nossa família. Aos 15 anos, já dava aula particular (ensinava dever de casa) e, aos 16, trabalhava à noite na biblioteca da União Caixeiral, em Parnaíba, onde de minha mãe era zeladora. Em 1973, passei no vestibular para o curso de Letras, na Universidade Federal do Piauí. No ano seguinte, fui aprovada em concurso público para ser professora. Lecionei durante 15 anos para o Estado, começando como educadora do ensino primário e, depois, ensinando as línguas portuguesa e francesa. Durante oito anos, fui professora do Centro de Cultura Francesa".

E segue afirmando: "Em 1983, entrei para os quadros do Banco do Brasil através de concurso público. Cumpri tempo de serviço como bancária até me aposentar nessa instituição. Durante todo esse tempo de BB, consegui conciliar minha militância sindical. Fazia hora extra para ganhar folga, além de fazer serviços noturnos no banco para conseguir o tempo necessária à atividade de defensora da categoria. Por apenas três anos, fui liberada do Banco do Brasil em razão de ter sido eleita presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí. Não fui assessora do mandato de vereador de Wellington Dias. Fui auxiliar dele quando assumiu o Parlamento Estadual, mesmo assim, dando meu expediente no Banco do Brasil. Minha aposentadoria do BB veio quando Wellington se elegeu deputado federal, ocasião em que fui assessorá-lo na Câmara Federal".

Regina disse hoje relembra do período em que fui escolhida por méritos para ser Secretária de Administração no governo Wellington Dias. "Época em que o deputado João Madson vivia a me elogiar", comenta, acrescentando: "Hoje, por circunstâncias eleitorais, ele desdiz as lisonjas mas, modéstia à parte, se ele conversasse com os servidores públicos do Piauí, iria perceber que eles não veem em mim o que ele disse na última semana. Foi nessa época, no governo do PT, que fizemos todos os planos de carreira. Outros podem até estar aperfeiçoando, mas a coragem de fazer foi minha, argumentando os benefícios com o então governador Wellington Dias e discutindo com os servidores a melhor metodologia".

Quanto ao fato de ser suplente do senador Wellington Dias, onde Madison disse que Regina quer ser senadora sem ter tido votos, ela também rebate: "Faz parte das regras eleitorais que o PT sempre tentou mudar, mas nunca alcançou a maioria para fazê-lo. Somente uma Constituinte exclusiva fará a reforma política necessária. A vulnerabilidade dos servidores atuais, ao contrário do que disse o deputado João Madison, é uma preocupação nossa e, por essa razão, a gente vem alertando desde abril, porque a Lei é clara e o que víamos era algo que iria complicar a vida dessas pessoas. Não queremos demissão de ninguém e gostaria de lembrar que admitimos 17 mil quadros através de concurso público ao longo de sete anos".

Por fim ela diz que gostaria de ouvir João Madison contar a sua trajetória de vida pública. "Até onde conheço – desculpem-me a falta de maior informação sobre o assunto, teve início no governo Mão Santa, quando ele foi agraciado com uma indicação. Hoje estou com 64 anos de idade e, pelo exposto, não hesito em me orgulhar de minha humilde, mas, determinada história onde a porta de frente sempre foi minha entrada em tudo que trabalhei".


Fonte: Com informações da assessoria

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