/

Os servidores do Judiciário Federal anunciaram ontem que irão cruzar os braços por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, 25. A categoria reivindica reajuste salarial e ainda a extinção de um projeto de lei que está em tramitação no Congresso Nacional que pretende igualar os vencimentos dos servidores do judiciário nacional com os dos servidores do Judiciário Estadual. Com a paralisação dos serviços, as eleições poderão ficar prejudicadas, alerta a categoria. “Nos dias 25 e 26 de agosto haverá a inseminação dos dados dos candidatos nas urnas eletrônicas.

Com a paralisação, esse serviço não será realizado, por exemplo. Outros serviços também serão afetados como a distribuição e julgamento de processos”, explicou o diretor administrativo- -financeiro do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Piauí (Sintraufe-Pi), Valter Braga.

A categoria se reuniu em assembleia geral que definiu pela greve. Na pauta de reivindicação está a aprovação do Projeto de Lei 6613/2009, que trata da reposição salarial em torno de 31%. O projeto está em tramitação no Congresso Nacional, mas não tem expectativa de quando seguirá para votação e sanção. A outra reivindicação é pela extinção do projeto 59, que iguala os vencimentos do poder Judiciário Federal aos Estaduais. “Existe a diferença de funções. Os salários não podem ser iguais”, defende Valter Braga.

Com a deflagração da greve, o Judiciário Federal no Piauí se junta à mobilização nacional. Servidores do Judiciário do Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina já aderiram à manifestação. A greve nacional deverá afetar o funcionamento da Justiça Federal, Justiça do Trabalho e Justiça Eleitoral, que são as três representações do Judiciário Federal no Piauí. Segundo o Sindicato, a expectativa é de adesão em massa dos servidores.

Fonte: Jornal O Dia