Neste domingo, às 10h, o novo técnico do Vasco comanda sua primeira atividade na quinta passagem pelo clube. Joel Santana deve trazer dois profissionais para formar a comissão. Por enquanto, ao seu lado, seguem Jorge Luiz, interino por dois jogos, e outros dois nomes da equipe de Adilson Batista. O analista de desempenho Gustavo Nicoline e o auxiliar Fabio Moreston estão nos planos para permanecer em São Januário. Mas a grande expectativa da torcida é por outro retorno. O diretor de futebol, Rodrigo Caetano, disse que a chegada de Felipe, recém-aposentado, para agregar ao trabalho ainda é uma "ideia em andamento", mas mostrou otimismo na sua concretização em breve.

- (Felipe) Foi ideia em conjunto da direção porque entendemos que um ex-atleta com essa trajetória nós devemos ter no nosso quadro de funcionários. Se isso for possível, claro que gostaríamos de tê-lo conosco - diz Caetano.

Antes de buscar Joel e Enderson Moreira, que foi para o Santos, o próprio executivo fez um contato informal com Juninho Pernambucano, que se aposentou no começo do ano. Mas o ex-camisa 8, outro ídolo vascaíno, recusou o cargo de técnico por não se sentir preparado.

Ao ser questionado sobre uma reação e recuperação do time, com a vitória por 3 a 2 sobre o América-MG, Caetano pontuou que, na verdade, não via desta forma o retorno do time ao G-4. Lembrando que o Coelho ainda não havia sido derrotado em casa e fazendo referência ao trabalho em São Januário no restante do ano, o dirigente disse que houve um "ponto fora da curva" naquela derrota por goleada contra o Avaí. A chegada de Joel Santana, para o diretor, abre um novo ciclo na Série B - "a nossa Copa do Mundo", como enfatizou.

Alguns jogadores na saída do campo se queixaram da pressão no dia a dia após a saída do G-4. O comportamento de parte da torcida, que pressionou os jogadores no clube, incomodou.

- Não podemos perder mais esse espírito que mostramos hoje. Tivemos uma arrancada, depois uma queda. Mas vamos começar um ciclo novo no G-4, a um ponto do líder. Não é o time dos sonhos do torcedor, mas merece nosso respeito. Apesar da eliminação na Copa do Brasil, um ponto fora da curva considero o jogo contra o Avaí, que tomou proporções lamentáveis. Não falo pela saída do Adilson, que é algo natural no futebol, mas pela forma como alguns poucos, que não representam os torcedores do Vasco, nos prejudicaram no treinamento. Queremos paz para trabalhar. Que no dia do jogo se apoie, se cobre, critique. Mas essa semana tivemos que pedir escolta, queremos repudiar isso. Dentro de um limite, do limite da lei, podem cobrar. Quando se extrapola, evidente que isso nos deixa chateados - desabafou o dirigente.

O Vasco volta a campo contra o Luverdense, nesta terça-feira, às 19h30m, em seu estádio, já com Joel no banco de reservas. Será o reencontro com o torcedor carioca.