Por José Maria Barros
Exatos três meses depois de ser inaugurado oficialmente pelo govenador Zé Filho (PMDB), o novo Campus da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), em Picos, continua ocioso. Em razão disso, os alunos da instituição continuam assistindo aula no prédio antigo, localizado no bairro Junco, e que não oferece as mínimas condições de abrigar uma faculdade.
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No dia da inauguração, o reitor da Uespi, Nouga Cardoso, garantiu que o segundo semestre letivo já começaria no novo Campus. “Independente da administração superior e da administração local, não haverá nenhum tipo de empecilho para que esse Campus não possa funcionar a partir de agosto” – garantiu.
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Não foi exatamente o que aconteceu. As aulas do segundo semestre letivo tiveram início no último dia 11 de agosto no prédio antigo, que fica localizado no bairro Junco. E lá ainda permanecem sendo ministradas até hoje e em condições precárias.
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Estudantes denunciam que o prédio do bairro Junco não tem a menor condição para funcionar uma universidade e nem capacidade para abrigar os cerca de 1.100 alunos matriculados na instituição. Até mesmo o auditório está sendo utilizado por algumas turmas por falta de salas disponíveis.Â
BurocraciaÂ
Segundo a direção local da Uespi, a princípio a mudança para o novo Campus não aconteceu dentro do prazo previsto e anunciado pelo reitor Nouga Cardoso, em razão da burocracia da Eletrobras, que não teria feito a energização do prédio a tempo.
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Depois de muitas reivindicações e envio de papelada, finalmente a Eletrobras fez no último dia 11 de setembro a energização da subestação do novo Campus da Uespi de Picos, localizado às margens da BR-316, no bairro Altamira.
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No entanto, mais de 20 dias após ser feita a energização do local, a transferência ainda não ocorreu e os alunos continuam assistindo aula no prédio antigo. O entrave agora seria a contratação por parte do governo do estado da equipe de segurança armada e dos agentes de portaria.
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De acordo com a assessoria do diretor do Campus de Picos, professor Evandro Alberto, a previsão é que a transferência dos onze cursos de bacharelado e graduação ocorra ainda na segunda quinzena deste mês. No prédio antigo ficarão apenas os cursos à distância e o Plano Nacional de Formação de Professores (Pafor).
Fonte:JP Online