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PF deflagra operação de combate à pedofilia no PI e mais 18 estados

A Operação DarkNet é resultado de um ano de investigações. Mais de 14 endereços IP foram analisados. Entre os investigados, há policiais, empresários e até mesmo padres.

15/10/2014 | Edivan Araujo
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (15) a operação DarkNet de combate à pedofilia em todo o Brasil. A ação é coordenada pelo Rio Grande do Sul, mas acontece simultaneamente no Piauí e nos estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

Ao todo, 44 unidades da PF estão atuando com cerca de 500 agentes, que cumprem 93 mandados de busca, de prisão e de condução coercitiva no Brasil. Outros 12 mandados são cumpridos em Portugal, Colômbia, México, Venezuela e Itália.

A assessoria de imprensa da Superintendência da PF no Piauí não informou em quais cidades ou que tipo de ações estão acontecendo do estado.

O objetivo com as buscas é confirmar a identidade dos suspeitos e buscar elementos que comprovem os crimes de armazenamento e divulgação de imagens, além de abuso sexual de crianças e adolescentes. Pelo menos 38 pessoas foram presas até as 9h30 no país, sendo seis no Rio Grande do Sul e duas no Distrito Federal.

A investigação ocorreu através do rastreamento de pornografia infantil na chamada deep web, espaço da internet que não é acessado pelo usuário convencional e cujo conteúdo não aparece em sites de busca. Para chegar até ela, é necessário ter um programa que torna a navegação anônima, o que impede a identificação de quem manda e recebe dados da internet. Através de metodologia de investigação inédita e ferramentas desenvolvidas, os policias federais conseguiram quebrar esse paradigma e identificar mais de 90 usuários que compartilham pornografia infantil. Segundo a PF, apenas as polícias norte-americana e inglesa, FBI e Scotland Yard, haviam realizado este tipo de trabalho.

No decorrer da investigação, pelo menos seis crianças foram resgatadas de situações de abuso ou do iminente estupro, em diversos locais do Brasil. Em um dos casos, um pai relatava que iria abusar da filha assim que ela nascesse. Nesses episódios, policiais federais agiram e evitaram que as crianças permanecessem ou se tornasse vítima, prendendo quatro investigados.

A Operação DarkNet é resultado de um ano de investigações. Mais de 14 endereços IP (sigla para "Internet Protocol", espécie de endereço virtual) foram analisados. Entre os investigados, há policiais, empresários e até mesmo padres.

Com informações do G1

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