Matéria / Esportes

Campeonato Brasileiro: São Paulo e Fluminense vencem, veja resultados

Foi o goleiro do São Paulo que abriu caminho para a vitória de sua equipe por 2 a 1

18/10/2014 | Edivan Araujo
/

Foi o goleiro do São Paulo que abriu caminho para a vitória de sua equipe por 2 a 1 sobre o Bahia neste sábado, pelo Brasileirão, no Morumbi. Em se tratando de Rogério Ceni, porém, não foi só com defesas - o capitão são paulino marcou um belo gol de falta, seu 123º com a camisa tricolor; Ganso marcou o segundo, que garantiu os importantes três pontos para o clube, que ainda sonha com o título da competição.

Os comandados de Muricy Ramalho foram a 52 pontos, e torcem por um tropeço do líder Cruzeiro (56) para encurtar a distância e aumentar as chances de uma ultrapassagem na reta final do campeonato.

Os baianos, por sua vez, ficaram estacionados nos 30 pontos, dentro da zona do rebaixamento. Agora, torcem por maus resultados de Botafogo e Coritiba, que também estão na zona da degola, com 29 pontos.

Fases do jogo: O São Paulo controlou a primeira etapa, com muito mais posse de bola e passando a maior parte do tempo no campo de ataque. Teve, porém, dificuldades para furar a defesa do Bahia, e não conseguiu criar muitas chances.

Quem levou mais perigo nas ações ofensivas são paulinas foi Michel Bastos – primeiro em uma boa tabela com Kaká, depois com Ganso. Nas duas ocasiões, Marcelo Lomba apareceu para fazer a defesa.

Se se defendiam bem, os baianos praticamente não levavam perigo: um chute de longe de Diego Macedo, outro de Henrique; nada que assustasse Rogério Ceni. O goleiro só apareceu no jogo quando balançou as redes.

Ganso arriscou de fora, e a bola bateu na mão de Rafael Miranda – falta. Rogério cobrou com muita categoria, no ângulo direito de Lomba, que chegou as tocar na bola, mas não evitou o gol. 1 a 0 São Paulo, aos 39 do primeiro tempo.

No começo do segundo tempo, o São Paulo quase marcou, novamente na bola parada. Desta vez, em cobrança de escanteio, Edson Silva quase alcançou a bola a tempo de empurrar para as redes.

Em uma rara subida ao ataque, Diego Macedo teve a primeira grande chance para os visitantes, acertando um forte chute da entrada da área. Rogério mergulhou e fez uma bela defesa, espalmando a bola.

Luis Fabiano teve chance de matar o jogo aos 25 minutos da etapa final, após bela jogada de Alvaro Pereira pela esquerda, mas acabou batendo para fora e perdendo uma chance incrível. Ganso, aos 34, não cometeu o mesmo erro: de pé esquerdo, bateu da entrada da área com precisão, no canto esquerdo.

Fahel ainda descontou para o Bahia, aos 42 da segunda etapa, aproveitamento uma desatenção da zaga tricolor. Sem precisar nem saltar, cabeceou no cantinho, sem chances para Ceni, após cruzamento da esquerda. Foi pouco para evitar a derrota.

O melhor: Rogério Ceni (São Paulo) – Sua equipe era melhor no jogo, mas não conseguia criar chances claras. Coube ao capitão resolver o problema, com uma linda cobrança de falta, no ângulo do adversário Marcelo Lomba. A batida foi de longe, quase da intermediária, um golaço. Rogério ainda fez uma bela defesa em chute de Diego Macedo, evitando o empate.

O pior: Rafael Miranda (Bahia) - perdido no meio de campo, viu os adversários tocarem a bola durante praticamente toda a partida. Ainda esticou o braço ao marcar Ganso, e viu sua mão ser atingida pela bola, gerando a falta que resultou no primeiro gol são paulino.

Toque dos técnicos : Muricy manteve o esquema tático, com a entrada de Michel Bastos na vaga do lesionado Pato. Michel se movimentou muito, e tentou criar jogadas de ataque. O São Paulo teve dificuldades, principalmente no primeiro tempo, diante de um Bahia muito fechado na defesa, mas marcou dois gols. Gilson Kleina, como era de se esperar, armou a equipe pensando em explorar os contragolpes diante do terceiro colocado no Brasileirão, fora de casa. Conseguiu um gol tarde demais e acabou saindo do Morumbi com a derrota.

Chave do jogo: a bola parada. O jogo foi truncado durante a maior parte do tempo. Se não fosse a qualidade de Rogério ao bater a falta, dificilmente haveria uma partida franca e com gols no Morumbi.

Pra lembrar:

Deja vú: Rogério marcou contra o Bahia também no primeiro turno – naquela ocasião, o gol foi de pênalti. O São Paulo venceu, em uma atuação que foi considerada uma das melhoras da equipe na primeira metade do Brasileirão.

Na trilha: o gol de Ceni foi o de número 123 com a camisa do São Paulo – agora, o goleiro está a cinco de alcançar Raí, outro ídolo do Morumbi.

Nervoso: Gilson Kleina gritou muito com seus meias. Chegou a dizer para Diego Macedo que ele estava "consagrando" os volantes são paulinos. Depois, a bronca foi em Marcos Aurélio.

De novo: mais um lance de bola na mão no Campeonato Brasileiro. Rafael Miranda pareceu não ter tido a intenção no lance que originou o gol de Rogério, mas a bola bateu em seu braço, que estava esticado, longe do corpo.

2.jpg

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X BAHIA

Local: Morumbi, em São Paulo
Data/Hora: 18 de outubro de 2014, às 18h30
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Rodrigo Pereira Joia e Rodrigo F. Henrique Correa (ambos do RJ)
Gols: Rogério Ceni, 39'/1ºT (1-0); Ganso, 34'/2ºT (2-0)/ Fahel, 42'/2ºT (2-1)
Cartões amarelos: Michel Bastos, Kaká, Ganso, Maicon (São Paulo); Guilherme Santos, Rafael Miranda (Bahia)

SÃO PAULO
Rogério Ceni; Hudson, Rafael Toloi, Edson Silva e Alvaro Pereira; Denilson, Souza (Maicon), Michel Bastos (Boschilia), Ganso e Kaká; Alan Kardec (Luis Fabiano).
Técnico: Muricy Ramalho.

BAHIA
Marcelo Lomba; Railan, Lucas Fonseca, Demerson e Guilherme Santos; Rafael Miranda, Bruno Paulista (Fahel) e Diego Macedo (Emanuel Biancucchi); Rafinha (William Bárbio), Marcos Aurélio e Henrique.
Técnico: Gilson Kleina.

FLUMINENSE X CRICIÚMA

Cristóvão Borges prometeu alterações, mudou o time e tentou reverter a situação incômoda do Fluminense no Campeonato Brasileiro. O gol sofrido no primeiro tempo até deixou no ar a ideia de que nada adiantaria, mas o Tricolor, enfim, conseguiu reverter sua situação no Campeonato Brasileiro. E também a do treinador. Com dois gols de Wagner, um de Conca e outro de pênalti de Fred, o time bateu o Criciúma por 4 a 2 neste sábado, no Maracanã, encerrou o jejum que já durava três jogos e minimizou a pressão sobre o comandante. Ronaldo Alves e Lucca marcaram para os catarinenses.

Com a boa vitória, o Fluminense chegou aos 45 pontos na tabela e "dormirá" na sétima colocação do Brasileiro. A distância para o G-4, no entanto, ainda depende do jogo das 21h, entre Atlético-MG e Chapecoense, para ser definida. Já o Criciúma se complicou ainda mais na luta contra a degola. Estacionado nos 30 pontos, está em 18º lugar e pode terminar a rodada na lanterna em caso de vitórias de Coritiba e Botafogo.

Fases do jogo: Com dois times pressionados em campo, o início do jogo foi bastante truncado, com muitos erros e sem maiores jogadas efetivas no ataque. Enquanto o Criciúma se fechava e apertava a marcação sobre o Fluminense, os cariocas não conseguiam encontrar espaços e incomodavam os ansiosos torcedores.

A partir da metade da etapa inicial, a equipe de Cristóvão Borges passou a explorar as laterais e mostrou leve superioridade. O time da casa chegou a balançar as redes com Fred, mas o gol foi anulado após marcação correta de impedimento do trio de arbitragem. O Criciúma também se soltou e tentou aproveitar as saídas rápidas. E bem como o rival, chegou a marcar, mas viu o lance anulado.

A igualdade no primeiro tempo foi refletida até mesmo quando os gols foram validados. Após falha da defesa tricolor em escanteio, o time catarinense fez 1 a 0 com Ronaldo Alves aos 44 minutos. Aos 46, Wagner deu o troco após vacilo do goleiro Bruno e empatou o jogo: 1 a 1.

Na volta para os 45 minutos finais, bastaram dez para que o time mandante colocasse a superioridade em prática e espantasse o clima truncado e indefinido do primeiro tempo. Com gols de Wagner, aos 5 minutos, e Conca, aos 10, o Fluminense abriu 3 a 1 no placar e conseguiu a tranquilidade que precisava.

O Criciúma ainda diminuiu com Lucca, aos 25 minutos, após bom lançamento recebido dentro da área. Mas o Fluminense respondeu com Fred, de pênalti, aos 40, e selou a vitória que não vinha desde 27 de setembro – 3 a 1 sobre o São Paulo.

Melhor: Wagner – se movimentou o jogo inteiro, comandou o ataque do Fluminense e foi premiado justamente com os dois gols da vitória tricolor

Pior: Bruno – o goleiro do Criciúma falhou em dois dos quatro gols sofridos. A insegurança embaixo das traves prejudicou os catarinense, que venciam por 1 a 0 antes da primeira falha

Chave do jogo: Início do segundo tempo – após uma etapa inicial truncada e com vaias da torcida, o Fluminense logo tratou de pular na frente do placar nos minutos iniciais do segundo tempo e espantar o clima de insegurança. Em dez minutos, foram dois gols.

Para lembrar: O Fluminense volta a campo na próxima quarta-feira, quando encara o Santos, às 22h, na Vila Belmiro, pela sequência do Brasileiro. No mesmo dia, o Criciúma recebe o Atlético-PR no estádio Heriberto Hulse, às 19h30.

Walter, que teve boa participação na vitória do Fluminense, não atuava pelo time das Laranjeiras desde 3 de setembro. O atacante gordinho perdeu alguns quilos e, mesmo longe da forma ideal, ajudou a equipe

FLUMINENSE 4 x 2 CRICIÚMA

Data:18/10/2014 (sábado)
Local: Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã), no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Marcelo Aparecido de Souza (SP)
Auxiliares: Carlos Augusto N. Júnior (SP) e Anderson José de M. Carvalho (SP)
Público: 11.214 pagantes / 13.472 presentes
Renda: R$ 310.005,00
Cartões amarelos: Bruno, Conca, Edson e Fred (FLU); João Victor, Rodrigo Souza, Zé Carlos e Joílson (CRI)
Cartão Vermelho: Rodrigo Souza (CRI)
Gols: Wagner, aos 46 do primeiro tempo e aos 5 do segundo tempo, Conca, aos 10 do segundo tempo, e Fred, aos 40 do segundo tempo (FLU); Ronaldo Alves, aos 44 minutos do primeiro tempo, e Lucca, aos 25 minutos do segundo tempo (CRI)

Fluminense
Diego Cavalieri; Bruno, Guilherme Mattis, Marlon e Chiquinho (Rafinha); Edson, Jean, Wagner (Carlinhos) e Conca; Walter (Biro Biro) e Fred
Técnico: Cristóvão Borges

Criciúma
Bruno; Eduardo, Joílson, Ronaldo Alves e Giovanni; Rodrigo Souza, Serginho, João Vitor e Lucca (Rafael Costa); Souza (Zé Carlos) e Bruno Lopes (Gustavo)
Técnico: Gilmar Dal Pozzo

1.jpg

GRÊMIO X GOIÁS

Grêmio e Goiás ficaram no 0 a 0, neste sábado, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. E o grande responsável pelo resultado foi o goleiro Marcelo Grohe. O camisa 1 do time gaúcho, que recentemente teve sua primeira chance na seleção brasileira, fez ao menos duas defesas complicadas evitando as principais chances do jogo. Com um ponto apenas somado, o Tricolor perdeu oportunidade de entrar no G-4.

O Grêmio chegou a 47 pontos, igualou o Atlético-MG, mas ficou atrás no saldo de gols, em 5º. Os mineiros ainda não jogaram na rodada. Já o Goiás soma agora 38 pontos e segue em 9º.

O jogo foi morno e com poucas oportunidades de gol. As principais, do Goiás, pararam sempre no goleiro Marcelo Grohe. Principalmente no segundo tempo, quando os donos da casa foram para cima. Já o Grêmio criou pouco durante todo o tempo.

Na próxima rodada, o Grêmio terá pela frente o Figueirense, quarta-feira, na Arena, em Porto Alegre. Já o Goiás visita o Sport, também na quarta.

Fases do jogo:

O ritmo foi lento. Grêmio e Goiás criaram praticamente nada no primeiro tempo. O time gaúcho abusou de lançamentos longos e quando teve alguma oportunidade foi por falha individual de defensores adversários. Mesmo assim, jamais assustou o goleiro Renan. Já o Goiás teve um começo consistente até o meio-campo. Mas ao pisar no campo gremista perdeu a bola repetidamente sem mostrar aptidão alguma para criar chances.

A principal oportunidade goiana ocorreu aos 38 minutos. Samuel recebeu de Ramon, driblou Bressan e bateu forte. Marcelo Grohe colocou para escanteio. A resposta gremista veio aos 45, com Lucas Coelho, que driblou e bateu forte da entrada da área. Renan pegou e com isso encerrou-se o primeiro tempo.

Logo no início do segundo tempo, mais um contra-ataque do Goiás deu certo. Tiago Mendes, aos 2 minutos, foi lançado e entrou sozinho. Marcelo Grohe evitou que o placar fosse aberto. E o Goiás só cresceu. Aos 20 minutos, Samuel entrou na área e bateu cruzado, Grohe pegou de novo.

Tanto fez o goleiro Marcelo Grohe que não suportou o calor de Goiânia. No segundo tempo, passou mal e precisou ser substituído por Tiago. De fora do jogo, viu o Grêmio não criar mais oportunidade alguma e o 0 a 0 encerrar a disputa.

O melhor: Marcelo Grohe - O goleiro defendeu sempre que exigido. Em ao menos dois momentos evitou que o Goiás abrisse o marcador e manteve o Grêmio como melhor defesa do Brasileirão. Passou mal no segundo tempo e acabou substituído.

O pior: Fernandinho - Perdeu a maioria das jogadas que tentou, aberto pela ponta esquerda. Não foi alternativa válida no ataque gremista.

Chave do jogo: Criação, ou a falta dela. Grêmio e Goiás criaram pouco e abriram mão de manter a posse de bola. Lançamentos longos e erros repetidos determinaram o 0 a 0.

Toque dos técnicos:

O Grêmio abriu mão do 4-3-3 e mudou de formação sem alterar jogadores. Com Ramiro aberto na direita, Luan centralizado, Fernandinho na esquerda e Lucas Coelho como único atacante, o time gaúcho montou um 4-2-3-1. Não teve, no entanto, toques curtos ou posse efetiva.

Já o Goiás foi montado por Ricardo Drubscki no 4-4-1-1, com Samuel isolado na frente, municiado por Ramon e Esquerdinha. Postado do meio para trás, os goianos tentaram 'espalhar' o time aproveitando-se do campo grande do Serra Dourada.

Para Lembrar:

Novo presidente é eleito. Romildo Bolzan Júnior foi eleito presidente do Grêmio para o biênio 2015/2016 minutos antes da bola rolar para o duelo no Serra Dourada. Com 71% dos votos, o mandatário teve apoio de Fábio Koff e significa a sequência da gestão do clube.

FICHA TÉCNICA
GRÊMIO 0 X 0 GOIÁS

GRÊMIO
Marcelo Grohe (Tiago); Pará, Pedro Geromel, Bressan e Zé Roberto; Walace, Fellipe Bastos (Riveros) e Ramiro (Matheus Biteco); Luan, Fernandinho e Lucas Coelho.
Técnico: Luiz Felipe Scolari

GOIÁS
Renan; Felipe Saturnino, Jackson, Pedro Henrique e Felipe Macedo (Tiago Real); Amaral, David, Thiago Mendes, Esquerdinha e Ramon (Bruno Mineiro); Samuel (Wellington Júnior).
Técnico: Ricardo Drubscki

Data: 18/10/2014
Local: estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Árbitro: Marielson Alves Silva (BA)
Assistentes: Adson Lopes Leal e Luiz Carlos Silva Teixeira (ambos baianos)
Cartões amarelos: Pará (GRE), Bressan (GRE); Amaral (GOI), Felipe Macedo (GOI), Pedro Henrique (GOI);

 
Por: Larice Sena/180graus

Facebook