Matéria / Educacao

Escolas municipais desenvolvem ações contra o trabalho escravo

Segundo a coordenadora Marina Falcão, o objetivo da capacitação é formar agentes multiplicadores que promovam ações de prevenção e combate ao trabalho escravo nas escolas e comunidades do município.

21/10/2014 | Edivan Araujo
/

Educadores e coordenadores da Secretaria Municipal de Educação (Seme) participam nesta terça-feira (21), no auditório da Casa Brasil, do primeiro encontro de acompanhamento pedagógico sobre o trabalho escravo contemporâneo e assuntos relacionados aos direitos humanos. O encontro faz parte do projeto adotado pela rede municipal de ensino “Escravo nem Pensar!” – programa educativo da Organização Não Governamental Repórter Brasil.

Segundo a coordenadora Marina Falcão, o objetivo da capacitação é formar agentes multiplicadores que promovam ações de prevenção e combate ao trabalho escravo nas escolas e comunidades do município.

Para a diretora da Escola Municipal Manoel da Cruz Lima Sobrinho, Elenilva Pinheiro, o tema incorporado às disciplinas já surgem efeito junto aos alunos. “A realidade da educação no campo é diferenciada e esse tipo de ação ajuda a sensibilizar os alunos e família em não trocar a sala de aula por trabalhos exaustivos que prejudicam o alunado.”

Durante a formação os participantes participaram de debates, compartilharam experiências, desafios e resultados dos trabalhos já desenvolvidos em sala de aula. Recursos como vídeo, jornais, paródias, histórias em quadrinhos e murais serão utilizados pelos alunos para informar à população sobre a situação do trabalho escravo na região.
 

ESCRAVO, NEM PENSAR!

O Escravo, nem pensar! (ENP!) é o primeiro programa educacional de prevenção ao trabalho escravo a atuar em âmbito nacional. Com o desenvolvimento de metodologia educacional própria, desde 2004 o ENP! atua em comunidades localizadas em áreas de alta vulnerabilidade social, suscetíveis a violações de direitos humanos como trabalho escravo e tráfico de pessoas.

Suas linhas de ação incluem formação para educadores e lideranças comunitárias; elaboração de publicações didático-pedagógicas; e apoio técnico-financeiro a iniciativas comunitárias locais. Tais atividades já alcançaram mais de 100 municípios em oito estados brasileiros, beneficiando mais de 60 mil pessoas.

Ascom/SEME
Jornalista responsável
Maria Santana

Facebook