Matéria / Entretenimento

Mulher é condenada a 1 ano de prisão por tentar ver jogo de vôlei

Campanha on-line pede libertação Ghoncheh Ghavami. Ghoncheh foi acusada de 'propaganda contra o Estado'.

02/11/2014 | Edivan Araujo
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Um tribunal do irã condenou a um ano de prisão uma mulher com dupla nacionalidade, iraniana e britânica, por tentar ver uma partida de vôlei, o que viola as leis de segregação que proíbem mulheres de assistir a eventos esportivos masculinos, informou seu advogado neste domingo.

"Hoje, o presidente do tribunal me mostrou a sentença, na qual minha cliente é condenada a um ano de prisão", disse à agência de notícias ILNA Mahmoud Alizadeh Tabataí, o advogado da jovem detida, Ghoncheh Ghavami.

Ghavamí, de 25 anos, estudante de Direito na Universidade de Londres e graduada na Escola de Londres de Estudos Orientais e Africanos (SOAS), foi detida em 20 de junho após ir com várias ativistas dos direitos das mulheres a uma partida da seleção iraniana de vôlei no estádio Azadi de Teerã.

As jovens se manifestaram fora do centro esportivo exigindo liberdade para que as mulheres possam comparecer como público a este tipo de evento.

Campanha on-line pede libertação Ghoncheh Ghavami (Foto: Reprodução/Change.org)

Várias delas foram detidas pelas Forças de Segurança e liberadas sob fiança após poucas horas, mas Ghavami retornou à delegacia dez dias depois para reivindicar seus objetos pessoais e voltou a ser detida.

Ela é acusada de "propaganda contra o Estado" e passou parte de sua detenção em uma cela de isolamento na prisão de Evin, no norte de Teerã.

Segundo a imprensa britânica, ela começou uma greve de fome em 1º de outubro, que durou 14 dias, o que foi negado pelas autoridades judiciais iranianas.

Ela foi julgada no dia 14 no Tribunal Revolucionário de Teerã. Sua detenção provocou o início de uma campanha internacional exigindo sua libertação.

A plataforma www.change.org recebeu uma campanha intitulada #FreeGhonchehGhavami (Libertem Ghoncheh Ghavami), já assinada por mais de 700 mil pessoas e a organização Anistia Internacional também pede sua libertação.

Fonte: G1

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