A imponência da natureza fez com que Camila Pitanga voltasse deslumbrada do Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí. Considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, o lugar se situa nos arredores de quatro municípios: Canto de Buriti, Coronel José Dias, São João do Piauí e São Raimundo Nonato, guardando uma enorme concentração de pinturas rupestres.
"É um lugar que abriga o maior parque arqueológico do Brasil. É incrível, vale a pena conhecer. É uma volta à nossa ancestralidade mais antiga. Realmente impressionante!", garante a atriz, que esteve na região durante cinco dias para se apresentar em um anfiteatro local.Â
Camila ficou em uma espécie de hostel nas próximidades do Sítio Arqueológico da Pedra Furada, descoberto em 1960. Por lá, o que impera é a simplicidade. "Ficamos em um esquema bem simples, mas confortável. Sou muito desencanada".
Explorar o Parque Nacional a fundo é a principal dica da atriz. "Para quem gosta de aventura, é uma viagem emocionante. É um lugar ainda pouco conhecido, mas que deve ser visitado. Existem suposições de que já haviam homens na região há 50 mil anos."Â
Camila conta que a informação é controversa, já que não é completamente aceita por todos arqueólogos. O local vem sendo estudado por uma equipe coordenada pela arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon desde a década de 1970. "Ela é uma pioneira. Criou um polo de informação de arqueologia excelente".
A temática rupestre está por todos os lados, até nas cerâmicas produzidas pelos artesãos piauienses. Para desbravar a área, Camila fez um percurso por cerca de cinco dos 64 sítios arqueólogicos abertos para visitação. "Alí você vê a força do tempo. É um lugar que muito provavelmente era oceano e você pode ver a sedimentação. Porque o mar foi descendo e ficaram as marcas. São milhares de anos e você sente que está em um lugar de outro tempo."
Raísa Carlos de AndradeÂÂ
Do UOL, no Rio de Janeiro