Matéria / Polícia

Idoso suspeito de molestar as três filhas foge levando duas delas

Conselho Tutelar recolheu os outros dois filhos do suspeito, uma menina de três anos e um bebê do sexo masculino.

14/11/2014 | Edivan Araujo
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Investigadores da Polícia Civil estão à procura de um idoso suspeito de molestar e agredir fisicamente suas três filhas, que têm entre três e oito anos de idade.

A juíza Maria Luísa de Moura Mello e Freitas, titular da 1ª Vara da Infância e da Juventude, expediu um mandado de prisão contra o suspeito E.P.S., que está foragido desde o início de novembro, e levou consigo duas filhas.

No dia 29 de outubro, uma das meninas, de três anos, foi recolhida pelo Conselho Tutelar da Zona Leste e levada para um abrigo, depois que foram constatadas marcas em sua pele que seriam de queimaduras de cigarro. 

Dias depois, o suspeito fugiu levando as outras duas filhas, que têm cinco e oito anos de idade. Na casa da família, situada na Vila do Avião, ficou apenas a esposa do idoso, que tem cerca de 30 anos, e o filho recém nascido do casal, que tem menos de um mês de vida, e também foi levado para um abrigo.

O conselheiro tutelar Djan Moreira afirma que o caso gerou uma grande revolta entre os vizinhos e os colegas do idoso, que acreditam na sua inocência. Os membros do Conselho Tutelar da região, no entanto, afirmam que existem provas suficientes para confirmar as agressões e os abusos praticados pelo pai contra as crianças.

Segundo Djan, a comunidade se revoltou de tal forma com a denúncia que algumas pessoas chegaram a hostilizar os conselheiros tutelares e os professores da creche onde as meninas ficavam. "Todos os vizinhos e colegas de trabalho defendem o sapateiro. Mas nós temos provas contundentes. Além disso, se ele é mesmo inocente, por que fugiu de casa, e ainda levando as duas meninas, deixando apenas a mãe e o menino recém-nascido?", questiona o conselheiro.

O caso é ainda mais delicado porque a mãe das crianças é surda-muda e não domina a linguagem de sinais, o que a impede de prestar esclarecimentos na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

"A mãe, coitada, não soube explicar nem como ele conseguiu fugir e levar as duas meninas. Nós acreditamos que ela sequer tinha conhecimento de que as filhas eram abusadas pelo marido", relata o conselheiro Djan Moreira.

Fonte Portal O Dia/Imagem:Ilustração
Cícero Portela ( cicerolago@gmail.com )

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