Os vídeos com cenas de sexo explícito entre um vereador do município de Apuí e duas menores de idade são verídicos, segundo o delegado responsável pelo caso, Franciso Rocha. Ele afirmou, nesta terça-feira (18), que um laudo pericial realizado por especialistas da Polícia Civil na segunda-feira (17), apontou que não há edição ou modificações fraudulentas nas imagens. As adolescentes que aparecem nas imagens têm 15 e 16 anos, segundo a Polícia Civil. Ainda segundo o delegado, o parlamentar deve prestar depoimento na delegacia do município na quinta-feira (20). Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta para investigar o caso.
O delegado informou que as imagens chegaram ao domínio da Polícia na sexta-feira (14), quando familiares de uma das vítimas realizou denúncia oficialmente. "Um dos primeiros passos da investigação era analisar a veracidade das imagens; saber se houve algum tipo de manipulação - e o laudo aponta: não foi encontrado nenhum indício de edição fraudulenta", disse.
Emitido no final desta segunda-feira (17), o laudo comprovou, segundo o delegado, que não houve modificação no material. Nas imagens investigadas, as jovens pedem para que o homem pare de filmar, mas ele mantém a câmera ligada. Em determinado momento, o rosto do suspeito é filmado beijando uma das adolescentes.
Rocha afirmou que o suspeito já foi notificado oficialmente e possui data marcada para se pronunciar à polícia. "Ele já sabe o que está acontecendo e foi notificado por meio do advogado dele. Ele estava em Rondônia quando o notificamos. Não sei se ele já está no Amazonas, mas ele tem depoimento marcado para esta quinta-feira (20)", informou.
O vereador Dirlan Gonçalves (PROS) entrou com pedido de cassação do suspeito. Gonçalves disse ao G1 que é tio de uma das meninas que aparecem nas imagens. De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Apuí, vereador Vagner Luiz da Silva (PROS), o órgão decidiu, por unanimidade, abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o vereador. As investigações devem reunir provas e testemunhas nos próximos 90 dias.
A polícia procura também os responsáveis pela divulgação das imagens. Segundo Rocha, a distribuição de vídeos com cenas de sexo com menores de idade é crime previsto no Artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente. "O vereador não foi o responsável pela disseminação dos vídeos, então nossas investigações procuram também os responsáveis pela propagação do material na Internet", eplicou.
Fonte: com informações do G1