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O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (HEMOPI), vive uma das maiores quedas das doações de sangue nos últimos anos. Eventos como a Copa do Mundo e até mesmo as eleições, influenciaram na redução do número de doadores. Para a supervisora de Comunicação do Centro, Maria Teixeira Moura, estes eventos desviaram o foco da população e o ato de doar sangue acabou sendo esquecido.

De acordo com a supervisora, os doadores tendem a se resguardarem das doações para fazer o ato voluntário no período marcado como a semana do doador, que vai do dia 24 ao dia 19 de novembro deste mês. Ainda segundo Maria Teixeira, o Hemopi recebe cerca de 150 doações diárias. Apesar de suprir a demanda, a quantidade ainda não é ideal já que para atender os casos de emergência seriam necessárias pelo menos 300 doações por dia.

Hoje as 150 doações representam inclusive o limite de custeio do armazenamento garantido pelo SUS. O quadro preocupa e afeta diretamente os pacientes que precisam de sangue para tratamento terapêutico e cirurgias eletivas, além dos casos de urgência e emergência.

“O que estamos recebendo da para atender a demanda normal. Mas há algumas semanas, cirurgias chegaram a ser suspensas pela falta de sangue”, disse Maria Teixeira.

É importante destacar que das doações diárias somente uma parte dela é aproveitada, já que existe o descarte sorológico, inaptidão clínica e o vencimento de bolsas.

O Hemopi alerta que os interessados em realizar a doação devem procurar o Hemocentro e apresentar um documento com foto. Para doar é necessário ter entre 16 anos e 69 anos, ter peso a partir de 50 kg e não ter ingerido bebida alcoólica no dia anterior à doação. O centro está aberto de segunda a sábado, das 7h às 18h.

“Doar sangue é uma responsabilidade da sociedade civil, pois o hábito pode salvar milhares de vidas. O ser humano deve ter consciência que a vida é imprevisível e doar sangue é um ato de prevenção”, destacou a supervisora Maria Teixeira.

Fonte: 180 Graus