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Votação de PEC dos Auditores Fiscais é adiada novamente na Assembleia

Wellington propôs aumentar de forma gradativa o teto salarial do governador nos próximos quatro anos.

26/11/2014 | Edivan Araujo
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A votação da Proposta de Emenda a Constituição – PEC – dos Auditores Fiscais foi mais uma vez retirada da pauta de votação da sessão da Assembleia Legislativa do Estado. Diferente da semana passada, quando o adiamento da votação causou um mal-estar na Casa, os deputados da base do governador Zé Filho (PMDB) e os aliados de Wellington Dias (PT) chegaram a um acordo e decidiram deixar a matéria para a próxima terça-feira, dia 02 de dezembro.

Na manhã de ontem, os parlamentares tiveram uma longa reunião com o secretário de Fazenda, Raimundo Neto Carvalho, e o sindicato dos auditores, mas a categoria não aceita a proposta apresentada pelo governador eleito e o encontro terminou sem consenso. Wellington propôs aumentar de forma gradativa o teto salarial do governador nos próximos quatro anos.

De acordo com o petista, essa medida iria beneficiar todas as categorias que possuem o salário vinculado ao teto salarial do chefe do Poder Executivo. Mas o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscal, Clésio Teixeira, afirma que essa medida provocará um efeito em cascata e poderá prejudicar as finanças do Estado.

O secretário Raimundo Neto, que também é auditor fiscal, tem se esforçado pessoalmente pela aprovação da PEC. No encontro na Assembleia ele tentou convencer os parlamentares que não haverá aumento de gastos para o Estado. Ele também é contra a proposta de Wellington Dias. “Com todo respeito que tenho ao governador eleito essa proposta está fora da realidade que vive o Estado”, disse.

“Nós não temos ideia de quantas categorias estão vinculadas ao salário do governador. Se aumentar o salário dele vai gerar um efeito em cascata e o Estado vai ter problemas em se adequar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Reprovamos essa medida apresentada pelo governador. A Assembleia adia a votação da PEC e nós corremos o risco de perder gratificações que foram criadas no primeiro governo de Wellington Dias (PT). Essa perda pode chegar a R$ 4,5 mil de salários”, declarou Raimundo Neto.

A deputada Margarete Coelho afirmou que o objetivo da reunião foi estabelecer uma conversação com as duas partes para equilibrar o diálogo, buscar uma solução política, juridicamente legal. “O limite é único e a quebra do subteto deve contemplar a todas as categorias e não a apenas uma. Além disso, precisamos observar a conveniência, a oportunidade de se aprovar isso no atual momento financeiro do Estado”, comenta a deputada e vice-governadora eleita.

Fonte: Jornal O Dia

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