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Sem recursos, mais de 20 obras estão paradas

A situação pode ser agravada com a rescisão do contrato entre o Governo do Estado e o Banco do Brasil, no valor de R$ 369 mi.

29/11/2014 | Edivan Araujo
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O governador eleito Wellington Dias (PT) toma posse no próximo dia 1º de janeiro e receberá como herança um Estado que, entre outras dificuldades, possui mais de 20 obras de infraestrutura e mobilidade urbana paralisadas devido à dificuldade para a liberação de recursos de empréstimo. A situação será agravada a partir da próxima semana quando o Governo do Estado irá oficializar a rescisão de contrato de empréstimo com o Banco do Brasil, de R$ 369 milhões. 

Com esta medida, o atual e o futuro Governo terão que buscar alternativas para viabilizar novas fontes de créditos que poderão ser aplicadas na conclusão das obras que estão paralisadas. O Estado tem encontrado dificuldades na liberação de recursos de empréstimos devido a irregularidades em convênios. Por reiterada vezes o Estado tem sido incluído na lista do Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias – Cauc. 

Entre as obras paralisadas, encontramse obras importantes para Teresina como o Rodoanel, a duplicação das BRs 316 e 343 nas entradas Sul e Leste da capital, viaduto na interligação da Avenida Presidente Kennedy com a Avenida João XXIII e viaduto da Avenida Miguel Rosa. No interior do Estado entra na lista rodovias na região dos Cerrados piauienses, rodoanéis em 10 cidades do interior, ampliação do projeto Piauí Digital, ampliação do Ronda Cidadão e portos secos nos municípios de Picos, Floriano e Teresina. 

Para que a liberação destes recursos possa ocorrer, o Estado terá que primeiro retirar o nome da lista do Cauc, de acordo com Francisco José, o Franzé, que é membro da equipe de transição do Governo de Wellington Dias. O Estado possui sete convênios irregulares em pastas como Secretaria Estadual de Infraestrutura - Seinfra, Secretaria Estadual de Inclusão de Pessoas com Deficiência - Seid; Secretaria Estadual de Segurança Pública e obras da Secretaria Estadual de Transportes - Setran. 

Franzé disse ser estranho o Banco do Nordeste ter liberado o valor de R$ 533 milhões de empréstimo para o Estado diante dessa situação de irregularidade. “Existe uma grande gama de convênios com o Governo Federal que não estão sendo executados por falta de contrapartida ou porque não está sendo executada sistematicamente a aplicação dos recursos. É uma situação complicada porque o Estado está no Cauc e não houve prestação de cinco convênios. Estranhamos o fato do Banco do Nordeste ter liberado uma parcela de R$ 533 milhões”, declarou.

Fonte: Jornal O Dia

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