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Polícia Federal confirma vazamento do tema da prova de redação do Enem 2014

A Superintendência da Polícia Federal do Piauí investiga desde o dia 13 de novembro denúncia do estudante piauiense Jomásio Barros, de 17 anos, que postou em sua conta no Facebook fotografia de seu telefone celular, que recebeu, através do WhatsApp uma im

18/12/2014 | Edivan Araujo
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O delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Piauí, Alexandre Uchôa, informou que investigação confirmou que houve vazamento do tema da prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 para estudantes piauienses.

A Superintendência da Polícia Federal do Piauí investiga desde o dia 13 de novembro denúncia do estudante piauiense Jomásio Barros, de 17 anos, que postou em sua conta no Facebook fotografia de seu telefone celular, que recebeu, através do WhatsApp uma imagem contendo o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio, a “Publicidade Infantil no Mundo”, 10h47 (11h47 no horário de verão e de Brasília), antes do início das provas. Jomásio Barros prestou queixa na Polícia Federal e se disse indignado com o vazamento.

No dia, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, informou em nota que não existia qualquer indício de que o tema tenha vazado, mas reforçou que a denúncia será apurada com rigor. . Outros dois estudantes do Piauí também disseram que receberam a mesma imagem com o tema da redação. Segundo Barros, a imagem foi enviada por meio do aplicativo Whatsapp às 10h47 do domingo, uma hora e 13 minutos antes da aplicação do teste no Piauí.

O jovem decidiu gravar um vídeo denunciando o ocorrido e compartilhá-lo na internet. Ele fez as provas do Enem no Colégio Machado de Assis, em Picos, no sul do Piauí. O delegado Alexandre Uchôa afirmou que realmente houve vazamento do tema da redação do Enem, mas isso ocorreu já nos locais de aplicação das provas e não houve furto da prova de redação em uma gráfica ou empresa de transporte, o que tornaria o caso mais grave. “Tecnicamente, o vazamento existiu, a perícia constatou que ele recebeu em seu celular o tema da prova antes do horário. Ele recebeu a foto minutos antes. Não foi vazamento da prova ter saído da gráfica, o vazamento pode ter ocorrido no local de aplicação das provas, mas a gente não tem ainda como comprovar o início do vazamento, mas foi poucos minutos antes das provas. Não quer dizer que vazou um dia antes, que a prova saiu da gráfica, não tenho nenhum elemento para dizer isso”, falou o delegado federal.

Uchôa declarou que a perícia feita pela Polícia Federal no telefone celular do estudante Jomásio Barros confirmou o vazamento do tema da redação porque ele recebeu a fotografia da prova com o assunto, poucos minutos antes de entrar no local de aplicação das provas. “Fizemos a perícia, que confirmou que ele recebeu a fotografia da prova com o tema da redação pouvcos minutos antes da prova.“Estamos continuando as investigações. A dificuldade de investigar o Enem está justamente em você identificar de quem passou para quem. Ainda estamos tentando ouvir algumas pessoas.

A dificuldade é identificar quem passou primeiro porque a circulação no WhatsApp é muito rápida, mas vamos tentar fazer essa cadeia reversa, mas ainda estamos tentando e fazendo algumas diligências”, declarou o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal no Piauí. Segundo ele, foram identificados mais dois estudantes que receberam no mesmo horário a imagem com o tema da prova de redação do Enem 2015. “Funciona assim: eu passo para ti, recebi de outro. Também tiveram outros casos isolados”, acrescentou Alexandre Uchôa.

Ele declarou que o vazamento do tema da prova da redação do Enem no Piauí não tem relação com as fraudes registradas neste ano no Ceará e na Paraíba, que foram casos de cola, por ponto eletrônico, de pessoas que fizeram a prova com antecedência e uma quadrilha repassou o gabarito em troca de dinheiro pago pelos candidatos. “No Ceará foi caso de ponto eletrônico e o caso do Piauí ainda não tem ligação com o da Paraíba, mas ainda estamos investigando”, falou.

Fonte: Meio Norte

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