/
O assalto que parecia simples está, a cada minuto, revelando-se uma ação ousada e bem planejada. O sequestro da família do gerente do Banco do Brasil Elimar Lopes, que culminou no assalto milionário à agência da cidade de Altos tem características de execução que mostram a qualificação e perícia dos envolvidos na ação criminosa.
Toda ação vem sendo investigada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).
Ao 180, o coronel Raimundo Sousa, comandante das Ronda Ostensivas de Naturezas Especiais (RONE) que acompanhou os trabalhos de buscas nas primeiras horas após o assalto, comentou sobre a ação criminosa. Ele afirma que as técnicas utilizadas são de pessoas que possuem alguma espécie de treinamento militar.
“Pode ser alguém com técnicas de planejamento, técnicas policiais, das forças armadas talvez. Tudo que eles fizeram foi com devido cuidado. Eles estavam usando roupas de mangas compridas, luvas, na tenda onde ficaram na madrugada botaram lençóis, cobertores, ou seja, alguém que tem técnicas de acampamentos. Também o modo como dividiram os carros, um perto da Novafapi outro na saída para Beneditinos. São pessoas que possuem muita técnica, mas não podemos garantir que há policiais envolvidos neste assalto”, disse o Coronel.
DINHEIRO ESCONDIDO EM JARROS Uma das formas que os criminosos usaram para levar as altas quantias foi esconder tudo dentro dos jarros da agência. Eles levaram as câmeras de segurança e os HDs dos computadores.
Tudo quando o grupo chegou à residência do gerente, em Teresina, fortemente armado. Eles permaneceram por toda madrugada em poder de Elimar, da esposa, os dois filhos e a empregada. Depois de horas em poder dos criminosos, eles foram libertados por volta de 10h50 próximo ao parque de exposição Expoapi, na BR-343, já na entrada de Teresina.
AÇÃO SILENCIOSA Após permaneceram por toda madrugada com a família, por volta de 8h20, dois dos assaltantes se dirigiram à agencia do BB levando apenas o gerente, deixando a esposa, os dois filhos e a empregada em poder de outros dois criminosos.
Depois de conseguirem sacar tudo que podiam, pressionando o gerente, os bandidos o libertaram e seguiram fuga. Sempre bem "educados", os criminosos não foram agressivos em nenhum momento. Inclusive, ao chegar na agência, os bandidos abordaram o vigia calmamente, pedindo apenas que ele tirasse as balas da arma e jogasse no cesto de lixo, e que não reagisse, pois eles não tinha intenção de machucar ninguém.
Esta modalidade de assalto é conhecida como "sapatinho".
Ao libertar o gerente, os bandidos pediram o prazo de uma hora. Eles informaram que telefonariam para o gerente informando onde estava a família.
Fonte:180graus