A reunião entre o Governo do Estado e representantes dos policiais militares, prevista para acontecer na tarde desta segunda-feira (15), foi adiada para a próxima quarta-feira (17). A decisão revoltou os policiais militares do Piauí, que desde a semana passada iniciaram o movimento "Polícia Legal, Tolerância Zero". Eles prometem novos protestos amanhã (16) e quarta-feira.
"O governo quer enfraquecer o movimento, mas ele só faz é crescer. Cada vez mais a população nos apoia, pois sabe que nossas reivindicações são justas", disse o presidente da Associação dos Oficiais Militares do Piauí, capitão Evandro Rodrigues.
Na próxima quarta-feira, haverá uma grande manifestação na Praça da Liberdade, a partir de 8h, com percurso ainda a ser definido. "Mesmo com a reunião marcada, continuaremos mobilizando a categoria", disse Evandro.
Na manhã desta segunda-feira, Evandro e outros representantes dos policiais militares estiveram reunidos com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Themístocles Filho (PMDB), o líder do Governo na Casa, deputado Kléber Eulálio, além de outros parlamentares, para tentar diálogo com o governador Wilson Martins (PSB).
Durante a reunião, Kléber Eulálio ligou para Wilson Martins, que reunia-se no mesmo instante com o secretário de Administração, Paulo Ivan, para discutir uma proposta e apresentar aos policiais militares. O deputado informou que o governador em seguida retornaria a ligação para agendar com os militares, sendo acertado que esse encontro poderia ser ainda nesta segunda-feira, o que não ocorreu.
A reunião dos PMs com os deputados foi intermediada pelo deputado federal Mendonça Prado (DEM-SE), que veio a convite dos integrantes do movimento. Mendonça acredita que o Governo vá atender às reivindicações dos trabalhadores porque são justas e estão de acordo com a lei. Mendonça, que faz parte da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, afirmou que, nos estados onde já intermediou conflitos entre militares e Governo, as categorias foram atendidos e quem saiu perdendo foram os gestores. "Há um desgaste de imagem muito grande para o Executivo", comentou o parlamentar.
Portal O Dia
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