Matéria / Cidades

Piauí Têxtil nas mãos da Justiça do Trabalho

16/08/2011 |
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Indústria Têxtil

O deputado Paes Landim (PTB-PI) levou o caso à tribuna e protestou contra a insensiblidade do magistrado que avalia a proposta e das lideranças políticas piauienses: “A solução é interessantíssima e até defendida pelos manuais de pensamento ideológico de esquerda e socialista do mundo inteiro. Alega o juiz que os empregados não teriam condições de administrar, de gerenciar a empresa, o que me parece um ledo engano, porque são empregados de muitos anos de serviço, com a preocupação de manter o emprego e ter a sua renda pessoal. E acho que isso é prejuízo para a própria Piauí Têxtil. Mas eles preferem essa solução à descontinuidade dos trabalhos ou fechamento da empresa pro falta de condições para cumprir o passivo trabalhista…E o que me parece um pouco triste é que não há preocupação de lideranças públicas do Piauí com esse desfecho negativo que seria o fechamento definitivo da fábrica.”

Paes Landim pedirá a intervenção dos Ministros do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. “É importante encontrar um mecanismo para manter o emprego, e não uma situação esdrúxula bloqueando recursos de outras empresas da família Coelho e ou de pessoas da família Coelho, quem não têm mais nenhuma responsabilidade com o grupo industrial em Picos”, disse o deputado nesta segunda-feira (15/8/11).

As Indústrias Coelho se instalaram em Picos nos anos 1960. No auge da produção do algodão, geravam mais de dois mil empregos diretos. A decadência coincidiu com uma das grandes pragas da cotonicultura, o bicudo, que arrasou plantios no Nordeste nos anos 1980. O grupo Piauí Têxtil comprou a fábrica em Picos, mas nunca conseguiu a recuperação plena, mesmo agora com a uma nova fase positiva do algodão no Brasil, com crescimento da colheita também no Piauí.

Fonte: Acessepiaui

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