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Por José Maria Barros

Estudantes da rede estadual de ensino em Picos procuraram na manhã de hoje (7) a 9ª Gerência Regional da Educação (GRE), para denunciar a falta de professores nas escolas. Eles deram um prazo até a próxima sexta-feira, 10, para que o problema seja resolvido, caso contrário prometem ir até Teresina cobrar uma posição da secretária Rejane Dias (PT).

A manifestação foi realizada no auditório da Escola Normal de Picos, onde a 9ª GRE está funcionando provisoriamente por conta da interdição da sua sede. Além de alunos, o protesto contou também com a presença da presidente do Sinte Regional de Picos, Giselle Dantas e de professores.

Para a sindicalista, a situação das escolas estaduais em Picos é inconcebível. Segundo ela, o mínimo que o governo do estado deve garantir aos alunos é a lotação de professores, o que não aconteceu até o momento um mês após o início do ano letivo.

“Tem escola onde está havendo apenas uma aula, duas aulas por dia. É impressionante a falta de habilidade dos gestores para resolver isso. Hoje, o Sinte e os alunos vieram a público protestar contra esse descaso, essa morosidade para resolver esse problema. Viemos pressionar a diretora regional que continua com a mesma conversa e não toma uma atitude concreta para lotar professores” – denunciou Giselle Dantas.

Alunos prejudicados

Presente a manifestação Marina Mayrla, aluna do 3º ano de Enfermagem do Premen, disse que a situação é preocupante. Segundo ela, a falta de professores é crítica e prejudica a comunidade estudantil, especialmente os alunos que precisam estagiar.

“Sou aluna do terceiro ano de Enfermagem do Premen, vou trabalhar na área de Saúde e estou sendo prejudicada. Já estamos no mês de abril e não

temos professor para nos acompanhar nos hospitais em nossos estágios. È muito preocupante e estamos aqui para cobrar uma solução” – anunciou.

Aluno do terceiro ano do curso de Agente Comunitário de Saúde, Francivaldo dos Santos Rodrigues disse que vê com tristeza a situação das escolas publicas estaduais em Picos. “Já faz três anos que estudo no Premen e sempre enfrentamos esse problema de falta de professores’ – lamentou.

Outro lado

A gerente da 9ª GRE, Maria Bernadete de Carvalho Almondes, disse que no início do ano letivo os professores foram convocados e lotados para prestarem os seus serviços. “Infelizmente, nós temos uma política de favorecimento que já vem há muitos anos e que nós temos que se adaptar, pois não temos como quebrar de vez”, justificou.

Segundo ela, em Picos existem 70 por cento de professores nas escolas. Os 30 por cento restantes estão tentando gradativamente, colocando professores substitutos. Ressalta, no entanto, que o estado não pode contratar professor para uma vaga onde exista efetivo, mas garante que a Secretaria Estadual da Educação está fazendo o máximo possível para solucionar o problema.