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Os docentes  da Universidade Federal do Piauí (UFPI) não aderiram a greve nacional dos docentes. Apesar de a maioria ter votado a favor, de acordo com o regimento da Associação de docentes da UFPI (ADUFPI), para que a greve fosse aprovada, seria necessário que dois terços do total de votos fossem favoráveis, o que não aconteceu nesta quinta-feira (28), na assembleia geral.

Dos professores  presentes, 58,73% votaram em favor da greve, 37,95%, votaram contra e 3,3% se abstiveram na votação. De acordo com a Alexis Leite, diretor sindical da ADUFPI, os 195 votos a favor da greve mostram que os docentes não estão satisfeitos com o descaso do governo para com a categoria. “Os professores sabem que o que temos hoje é uma farsa de carreira criada pelo governo Federal. A presidente Dilma cortou 9 bilhões da Educação. Nós não aguentamos mais tantos atropelamentos com os professores e estudantes brasileiros. Existem universidades pelo Brasil, que não merecem nem o nome de universidade, os professores não tem uma condição mínima de trabalhar”, afirma Alexis.

Muitos professores que votaram contra a greve, afirmam que se opõe a ela neste momento, mas que a consideram necessária, se as negociações com o governo federal não avançarem. Participaram também da assembleia, professores de outras universidades, estudantes e representantes de sindicatos e outras associações. Entre os principais itens de reivindicação estão: a defesa do caráter público da universidade; melhores condições de trabalho; garantia de autonomia; reestruturação de carreira e valorização salarial de professores ativos e aposentados.
Fonte: ASCOM