Movimento estudantil pressiona e, após muitas discussões, Conselho de Campus da Uespi de Picos volta atrás e decide oferta vagas para o vestibular da instituição. Decisão beneficia os campi de Picos, Fronteiras e Paulistana.
Por Maria Moura
A mudança na decisão surgiu após reunião realizada na tarde desta quarta-feira (24), no auditório da Universidade Estadual do Piauí, campus de Picos. Na oportunidade, com 17 votos a favor, cinco contra e uma abstenção, professores, alunos, coordenadores e a diretora do campus, professora Sorainy Mangueira, realizaram nova votação para decidir o futuro da instituição no Vale do Guaribas.
“Não foi fpacil”, diz o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) 9 de Novembro, Aleksandro Libério. Entre os argumentos usados pelo movimento estudantil, a afirmativa de que o acesso a instituições públicas é geral, sem restrições. “A decisão de vir ou não para a Uespi é do aluno, o Conselho não pode decidir por ninguém”, ressalta.
O voto da diretora Sorainy foi contra a oferta de vagas. Para ela, receber alunos nas atuais condições do campus de Picos é inviável em razão da falta de estrutura. Dentre os principais motivos para a decisão de não permitir a entrada de novos alunos, ainda em julho, a falta infraestrutura, de materiais didáticos, funcionários, professores efetivos e livros. Mas, para os membros do movimento estudantil, não ofertar vagas para o vestibular 2012 seria o mesmo que decretar o fim da Uespi no Vale do Guaribas.
De acordo com Alekssandro, não receber novos alunos elimina a responsabilidade que o governo do estado tem para com a instituição. “O dever de cuidar da Uespi é do governo. Fechar as portas da Uespi não vai resolver nosso problema”, diz ele.
Ainda não foi decido que cursos e quantas vagas serão disponibilizados, mas a expectativa é que sejam priorizados os cursos de Ciências Contábeis, Direito e Educação Física. Atualmente a Uespi de Picos oferece dez cursos e possui aproximadamente 1.800 alunos.
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