O Ministério da Educação anunciou, na noite deste sábado (11), que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) garante que 90% da verba prevista para os programas de pós-graduação em 2015, o equivalente a R$ 1,65 bilhão. Em nota, o MEC diz ainda que nenhuma bolsa de estudo será interrompida.
"A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) assegura o repasse de 1,65 bilhões de reais para os seus programas de pós-graduação (Proex, Prosup, Reuni e Proap). O montante é equivalente a 90% do valor previsto para 2015. O Ministério da Educação e a Capes enfatizam o compromisso com a pós-graduação e a pesquisa científica. Ressaltamos ainda que nenhuma bolsa de estudo será interrompida."
O comunicado foi divulgado depois que, na tarde de sexta-feira (10), universidades federais terem criticado o anúncio da Capes de redução dos repasses previstos para as instituições.
Ministro critica 'pânico' e 'alarme'
Em seu perfil pessoal no Facebook, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que a Capes vai manter o pagamento de 100% das bolsas para estudantes de mestrado e doutorado e que, apesar de a situação não ser ideal, não se justifica pânico ou alarme. "Os programas continuarão a poder atender novos alunos e a dar-lhes bolsas. Onde está ocorrendo uma redução é no custeio", afirmou ele, lembrando que, além do repasse da Capes, cada universidade tem seu próprio orçamento.
Ele lembrou que a Capes mantém 90% dos recursos previstos e que podem haver acréscimos "quando a economia melhorar". "E isso, num momento de dificuldades na economia e na arrecadação. Se a situação não é ideal, nem por isso se justifica pânico ou alarme", disse Janine.
Em entrevista à BBC Brasil publicada na sexta-feira (10), o ministro da Educação afirmou, no início do mês, que o ajuste fiscal do governo na área de educação é uma realidade – a pasta teve redução de 19% em seu orçamento. "Tem-se menos dinheiro, então o que estamos fazendo é procurar preservar ao máximo possível a qualidade dos programas, a essencialidade dos programas, e escalonar o que não possa ser feito neste ano para fazer no futuro", disse Janine.
Fonte:Â Com informações do G1