Matéria / Cidades

Governo atrasa reforma de escola em Picos e alunos são obrigados estudar em três locais diferentes

30/08/2011 |
/

Fachada da escola(Imagem:José Maria Barros / GP1)

A exemplo do que vem ocorrendo com os acadêmicos da Uespi desde o ano de 2010, os cerca de 800 alunos da Unidade Escolar Landri Sales, em Picos, estudarão este segundo semestre em três locais diferentes. O Motivo é que o prédio da escola foi interditado por técnicos da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) desde o dia 8 de agosto, quando parte de uma viga de sustentação de uma das salas cedeu, comprometendo as demais dependências.

Segundo a diretora da escola, Roseli Moura Luz, o incidente ocorreu no dia 8 de agosto, mas, felizmente, embora a sala estivesse lotada de alunos ninguém se feriu. “Comunicamos o fato a Gerência Regional da Educação, uma engenheira da Seduc veio aqui e interditou não somente a sala onde a estrutura cedeu, mas outras cinco salas de aula que estavam prestes a desabar a qualquer momento”, informou.

Roseli disse que juntamente com a gerente da 9ª GRE, Maria Onésia, para preservar a segurança dos alunos, suspenderam as aulas e no dia seguinte foram até Teresina cobrar providências. Foi acionado outro engenheiro que, após uma vistoria, constatou o mesmo problema da colega e a interdição foi mantida até que fosse feita uma reforma em toda a estrutura da escola.

Devido aos entraves burocráticos a reforma do prédio atrasou e na última quarta-feira, 24, a escola passou a funcionar da seguinte forma: turno da tarde na unidade escolar Urbano Eulálio, turno da noite na unidade escolar Ozildo Albano e no dia 25 os alunos do turno da manhã começaram assistir as aulas no Colégio Batista, cedido pelo pastor da congregação.

Aspecto interno da escola(Imagem:José Maria Barros / GP1)

“Para nós nesse momento, alunos, professores, servidores administrativos e a gente que faz parte do núcleo gestor, é muito difícil, porque vamos trabalhar em três locais diferentes. É como se fossem três escolas, mas, de antemão, agradecemos a compreensão dos pais e nesta segunda-feira próxima, 29 de agosto, vamos nos reunir com eles para explicar o que aconteceu e pedir ajuda deles, pois estamos indo para o alheio. Então, é preciso uma responsabilidade conjunta de todos”, argumentou a diretora Roseli.

A reforma da escola teve início nesta segunda-feira e, segundo a diretora Roseli Moura, o mestre de obras garantiu concluir o serviço dentro de um prazo de 30 a 45 dias. “A Unidade Escolar Landri Sales foi construída em 1969 e a exemplo de outros prédios velhos que não passam por reforma, também estava sujeito a acontecer incidentes como o registrado no dia 8 de agosto”, lembrou.

Roseli Moura, diretora da escola(Imagem:José Maria Barros / GP1)

A interdição do Landri Sales atinge não somente os cerca de 800 alunos que estão matriculados no Ensino Fundamental I e II, no Ensino Médio e estudantes especiais com deficiências auditivas e visuais, mas também os 75 servidores entre professores, administrativos, vigias e zeladoras que trabalham lá.

“Nossa expectativa é de que daqui a 45 dias estejamos de volta ao nosso prédio, pois, no momento não podemos colocar ninguém lá porque estamos trabalhando com vidas”, enfatizou a diretora Roseli Moura Luz, ressaltando que não existe outra opção que não seja enfrentar o desafio e seguir em frente.

Landri Sales foi construido em 1969(Imagem:José Maria Barros / GP1)

Salas foram interditadas por falta de segurança(Imagem:José Maria Barros / GP1)

Fonte: GP1


Facebook