Matéria / Entretenimento

Juiz volta atrás e libera crianças para apresentar programa no SBT

Voltam ao ar na próxima segunda-feira (27), 12 dias após o juiz ter supendido o alvará

24/07/2015 | Edivan Araujo
/

O juiz Flavio Bretas Soares, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, reconsiderou a decisão que proibiu Matheu Ueta, 11 anos, e Ana Julia, 8, de apresentarem o programa infantil Bom Dia & Cia., do SBT. Após analisar parecer favorável do Ministério Público do Trabalho, o magistrado resolveu conceder novo alvará para que Ueta e Ana Julia voltem a trabalhar na TV, desde que a carga não ultrapasse quatro horas diárias de permanência na emissora e que não afete o desempenho escolar.

Ueta e Ana Julia voltam ao ar na próxima segunda-feira (27), 12 dias após o juiz ter supendido o alvará anterior, para análise de carga de trabalho da dupla. As crianças, no entanto, não apresentarão mais sozinhas. Dividirão a atração com a diretora Silvia Abravanel, filha de Silvio Santos, que assumiu o programa às pressas no último dia 15. Silvia foi muito bem avaliada pelos executivos da emissora.

Em recurso apresentado à Justiça do Trabalho, o SBT demonstrou que oferece condições ideais de trabalho para crianças. Comprovou que Ueta e Ana Julia só trabalham das 9h às 11h15. O Bom Dia segue no ar até as 13h30, mas as crianças deixam trechos gravados. O SBT também anexou boletins escolares e documentos atestando que oferece a seu elenco mirim psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas e até professores para aulas extras.

O maior temor do SBT era o de que decisões como a do juiz Bretas Soares impedissem o trabalho de crianças em suas novelas. O mesmo juiz, contudo, já havia concedido alvarás para os atores-mirins de Cúmplices de Um Resgate, próxima novela infantojuvenil da emissora, no ar a partir do próximo dia 3.

O juiz também foi protagonista de outra decisão polêmica. Também neste mês, ele vetou a participação de dois atores-mirins, Matheus Braga, 13, e Kalebe Figueiredo, 10, no espetáculo Memórias de um Gigolô, dirigido por Miguel Falabella. Segundo a decisão judicial, o texto da peça conteria uma linguagem inadequada que poderia prejudicar o desenvolvimento psíquico dos jovens.

Falabella protestou no palco do Teatro Procópio Ferreira, onde o musical está em cartaz: "Uma das razões alegadas foi que a de que o personagem usava a palavra 'masturbação' no texto, e que isso poderia prejudicar o desenvolvimento psíquico dos menores. O teatro, senhor juiz, muito pelo contrário, ensina esses dois jovens talentos a dominar a língua, a se expressar com clareza, a aguçar o raciocínio e a olhar o mundo com os olhos da poesia. E o teatro musical ainda por cima lhes ensina a música".

Fonte: Com informações do UOL

Facebook